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No primeiro livro da lógica objetiva, o ser abstrato foi apresentado como aquele que passa a existir, mas que retorna imediatamente à essência. No segundo livro, a essência é mostrada, que é determinada como um fundamento, e que assim penetra na existência e executa tornando-se substância, mas isso remonta ao conceito. Agora, com respeito ao conceito, foi demonstrado que acaba se tornando objetividade. É claro, por si só, que esta última transferência, de acordo com a sua determinação, é a mesma que na metafísica foi apresentado uma vez como o silogismo que vem do conceito, e precisamente do conceito de Deus, até sua existência, ou seja, como a chamada prova ontológica da existência de Deus. – é também coisa conhecida, que o pensamento mais elevado de Descartes, isto é, que Deus é aquele, cujo conceito inclui em si a sua existência, depois de ter caído de volta para a má forma de silogismo formal, isto é, na forma desse teste [ontológico], foi finalmente submetido à crítica da razão e pensou que a existência não se deixa extrair do conceito. Já foi esclarecido anteriormente a algo, em relação a este juízo, na primeira parte deste trabalho(1).
Ao apontar que o ser desapareceu em seu oposto mais próximo, isso é não-ser, e esse devir foi mostrado como a verdade de ambos, notou-se o erro em que cai, sim, com relação a certa existência, permanece firme, não mais sua existência, mas seu conteúdo determinado; e, portanto, quando esse conteúdo é comparado determinado (por exemplo, 100 taleres) com outro conteúdo determinado (por exemplo, com o contexto da minha percepção, ou com o minha condição econômica) e uma diferença é encontrada, de acordo com o conteúdo é adicionado a ele ou não — , é pensado como se fosse falado neste caso da diferença entre existente e não existente, ou mesmo da diferença entre a existência e o conceito. Além disso, na mesma parte do trabalho(2) e na parte II(3), essa determinação de uma soma de todas as realidades, que é apresentado no teste ontológico. — No entanto, a consideração recentemente concluída do conceito e de todo o desenvolvimento, pelo qual é determinado como objetividade, diz respeito precisamente ao objeto essencial desse juízo, isto é, a ligação entre conceito e existência. O conceito, como negatividade absolutamente idêntica consigo mesmo, é a que determinar-se; e foi observado que ele, porque na individualidade é resolvido no juízo, fica mais tão real, como existente. Esta realidade ainda abstrata é completada na objetividade.
Agora pode parecer que a transferência do conceito para objetividade era algo diferente da transferência do conceito de Deus à sua existência; no entanto, por um lado, devemos considerar que certo conteúdo, Deus, não faz diferença, no desenvolvimento lógico, e que o teste ontológico é apenas uma aplicação deste desenvolvimento lógico para esse conteúdo específico. Mas do outro lado existem que essencialmente lembrar a observação feita anteriormente é que o sujeito adquire uma determinação e um conteúdo apenas em seu predicado; enquanto antes deste, mesmo que seja o que se queira para o sentimento, intuição e representação, não é para conhecimento conceitual diferente de um nome. No predicado, juntamente com a determinação, começa ao mesmo tempo sua realização em geral.
No entanto, os predicados devem ser entendidos como mesmo incluídos no conceito e, portanto, como algo subjetivo, com o qual ainda não surgiu. Portanto, por um lado, a realização do conceito no julgamento ainda não está terminada em absoluto. Mas, por outro lado, também a pura determinação de um objeto por meio de predicados, sem que ao mesmo o tempo seja a realização e objetivação do conceito, permanece algo tão subjetivo que nem constitui o verdadeiro conhecimento ou determinação do conceito do objeto; quer dizer, permanece um subjetivo no sentido de uma reflexão abstrata e representações desprovidas de caráter conceitual. Deus, como Deus vivente e ainda mais como um espírito absoluto, pode ser conhecido apenas em sua atuação. Desde os tempos antigos, foi ensinado ao homem para reconhecê-lo em suas obras; só destas pode surgir as determinações que são chamadas suas propriedades (ou atributos), bem como seu ser está contido em tais determinações. Então o conhecimento conceitual de seu trabalho, isto é, de si mesmo, concebe o conceito de Deus em seu ser e seu ser em seu conceito. O ser em si, ou também existência, são uma determinação tão pobre e limitada, que a dificuldade em encontrá-lo no conceito tem sido muito bem derivada somente do fato de que não foi considerado o que é ser ou aexistência em si. O ser, como uma relação inteiramente abstrata, imediata, em si mesmo, não é nada além daquele momento abstrato do conceito que é a universalidade abstrata, que fornece também o que se pretende ser, isto é, estar fora do conceito.
De fato, como é um momento do conceito, é também a diferença ou o julgamento abstrato do conceito em si, onde este conceito se opõe a si mesmo. O conceito, mesmo enquanto conceito formal contém imediatamente o ser de uma forma mais verdadeira e mais rica, porque, como negatividade que se refere a si mesma, é individualidade.
No entanto, a dificuldade de encontrar o ser é certamente intransponível no conceito em geral, e também no conceito de Deus, quando tem de ser tal que aparece no contexto da experiência externa ou sob a forma de percepção sensível, bem como os cem taleres na minha situação económica, ou tal que se pode pegá-la com a mão, não com o espírito, isto é, torna-se o visível essencialmente para o olho externo, não para o interior. [É o que ocorre] quando se chama ser, realidade, verdade, o que as coisas têm aos seres sensíveis, temporárias e passageiras. Quando uma maneira de filosofar não sabe se elevar, em relação ao ser, acima dos sentidos, acompanha essa [atitude] sua incapacidade de abandonar o pensamento puramente abstrato em relação ao conceito; mas esse pensamento é o oposto de ser.
O costume de considerar o conceito apenas como algo tão unilateral, como é pensamento abstrato, já encontrará um obstáculo reconhecer o que expressamos antes, isto é, considerar a transferência do conceito de Deus para sua existência, como aplicação do desenvolvimento lógico exposto da objetivação do conceito. No entanto, se, como de costume, é concedido que o elemento lógico, sendo um elemento formal, constitui a forma própria para o conhecimento de todo o conteúdo determinado, então teremos que admitir essa relação, se em geral, precisamente em relação à oposição do conceito diante da objetividade, não queremos nos debruçar sobre o conceito que é carece de verdade e em uma realidade igualmente desprovida de verdade, como em algo definitivo. — No entanto, na exposição do conceito puro, também indicou que este é o conceito absoluto, divino, de modo que a relação de uma aplicação, mas esse desenvolvimento lógico seria a imensa exposição imediata da autodeterminação de Deus em favor de sua existência. Sem, contudo, para este propósito, deve-se notar que, quando o conceito tem de ser exposto como um conceito de Deus, deve ser entendido como já está incluído na Ideia. Esse conceito puro recorre as formas limitadas de juízo e silogismo, precisamente porque ainda não está definido como uno [e idêntico], em si e por si, com a objetividade, mas é concebida apenas em seu devir que tende até ela. Então, essa objetividade ainda não é existência divina, ainda não é a realidade que aparece na ideia. No entanto, esta objetividade é precisamente mais rica e maior do que o ser ou a existência do prova ontológica, quanto mais rico é o conceito puro e superior a esse vazio metafísico da soma de toda a realidade. — Mas reservo para outra oportunidade a tarefa de esclarecer com mais precisão a múltipla incompreensão, que foi introduzido pelo formalismo lógico na prova ontológica, bem como nos outras chamadas provas da existência de Deus, bem como por sua crítica kantiana, e reduzir ao seu verdadeiro valor e dignidade os pensamentos que são encontrados em sua base, com a restauração do seu verdadeiro significado(4).
Várias formas de imediatismo, mas em diferentes determinações. Na esfera do ser, a imediação está sendo mesmo e sendo determinada; na esfera da essência é existência e então realidade e substancialidade; na esfera de conceito, além de imediatismo como universalidade abstrata é agora objetividade. — Estas expressões podem ser usadas como sinônimos quando não é uma questão de precisão as diferenças filosóficas do conceito; essas determinações surgem da necessidade do conceito. O ser é geralmente a primeira imediação, e o ser determinado, ou existência, é o mesmo, junto com a primeira determinação. a existência junto com a coisa é a imediação, que surge da fundamento — isto é, da mediação da simples reflexão da essência, que é superado. Mas a realidade e a substancialidade são a imediação que surgiu a partir da superação da diferença entre a existência ainda inessencial como um fenômeno, e sua essencialidade. E finalmente a objetividade é a imediação a qual determina o conceito, superando sua abstração e mediação. A filosofia tem o direito de escolher [tomando-as] da linguagem da vida comum, que é feita para o mundo da representação, tais expressões, que parecem mais perto as determinações do conceito. Não é possível provar, por uma palavra, escolhida da linguagem da vida comum, que também na vida comum esteja ligado a ele o mesmo conceito pelo qual a filosofia o utiliza; de fato, a vida comum não tem conceitos, mas representações, e é a própria filosofia [a capacidade de] reconhecer o conceito do que sem ela, é apenas representação. Portanto, é suficiente que naquelas suas expressões, que são usadas para determinações filosóficas, a representação pode vislumbrar algo aproximado sobre suas diferenças, bem como pode ser verificado que nessas expressões reconhecer nuanças de representação, que se referem com mais precisão aos conceitos correspondentes.
Talvez seja admitido com mais dificuldade do que alguma coisa pode ser, sem existir; mas, pelo menos, não será confundido, por exemplo, ser como intercurso do juízo, com a expressão existir, e não será dito: Esta mercadoria existe cara, apropriada, etc.. ; o dinheiro existe metal ou metálico, em vez de:
Esta mercadoria é cara, apropriada, etc. ; o dinheiro é metal(5). Mas também diferenciar ser e aparecer, aparência e realidade, como também o ser puro diante da realidade, assim como todos esses. As expressões são mais distintas da objetividade. E mesmo se eles tivessem para ser usado como sinônimos, no entanto, a filosofia deve ter a liberdade de usar para suas distinções esta superfluidade vaidosa da linguagem.
Quando se lida com juízo apodítico onde, como na conclusão de julgamento, o sujeito perde sua determinação na frente do predicado, se falou do duplo sentido da subjetividade que aí se originou, isto é, a subjetividade do conceito e também a da exterioridade e acidentalidade que de outra forma se opõe a ele. Então, também para a objetividade aparece o duplo sentido, o de estar de frente para o conceito independente, mas também o de ser o que existe em si e por si. Já que, no primeiro sentido, o objeto se opõe para o eu = eu, que no idealismo subjetivo é afirmado como a verdade absoluta, é o mundo múltiplo, em sua existência imediata, aquele com o qual o eu ou o conceito só está preso na luta infinita, para dar, à primeira certeza de si mesmo, através da negação deste outro, vazio em si mesmo, a verdade real de sua igualdade consigo mesmo. Em um sentido mais indeterminado, o objeto significa um objeto em geral para qualquer interesse e atividade do objeto.
No sentido oposto, no entanto, o objetivo significa o que existe em si e por si, que é sem limitação e sem oposição. Os princípios racionais das obras-primas, perfeitas, etc., por isso que se chamam objetivos, porque eles estão livres de todos os acidentes e acima dela. Mesmo quando princípios racionais, teóricos ou morais, pertencem apenas ao domínio subjetivo, à consciência, porém o que existente em si é chamado de objetivo; o conhecimento da verdade é posto em conhecer o objeto como é, livre, como objeto da adição de uma reflexão subjetiva, e agindo retamente consiste justamente em cumprir as leis objetivas, que eles não têm origem subjetiva nem admitem qualquer arbítrio, nem qualquer forma de comportamento que altere sua necessidade.
No momento atual de nossa exposição, a objetividade tem em primeiro lugar o significado de existente em si e por si, ao conceitoque se elevou a mediação, posta em sua autodeterminação, para o relacionamento imediato consigo mesmo. Essa imediação é, portanto, auto-integrada, imediata e totalmente, para o conceito, assim como o todo dele é imediatamente idêntico ao seu ser. Mas, como o conceito também deve restaurar o auto-ser livre de sua subjetividade, apresenta assim uma relação desse conceito como um fim para a objetividade, onde o imediatismo se torna, em face do conceito, no negativo, e no que tem que ser determinado através da sua atividade, adquirindo assim o outro significado de ser nulo em si e por si, quando se opõe ao conceito.
Primeiro, agora, a objetividade está em sua vizinhança imediata, momentos, por causa de todos os momentos, permanecem na indiferença independente, como objetos fora do outro, e ter, em sua relação a unidade subjetiva do conceito apenas como interno ou externo, que é o mecanismo.
No entanto, já que em segundo lugar essa unidade é mostrada como uma lei imanente nos próprios objetos, sua relação é torna-se assim sua própria diferença particular, fundada por sua lei, e em um relacionamento, no qual sua independência determinada é superada, é digamos, química.
Em terceiro lugar, esta unidade essencial de objetos é definida precisamente por isso que é diferente de sua independência; é o conceito subjetivo, mas definido como referido em si e por-si para a objetividade, como um fim, isto é, a teleologia.
Porque o fim é o conceito, que é definido, como o que deve referir-se à própria objetividade e superar seu próprio defeito de ser subjetivo, o propósito, que antes era externo, torna-se assim, efetuando a ordem, no interior, e a ideia.
Notas de rodapé:
(1) cap. I primeira nota para C (O Devir). (retornar ao texto)
(2) cap. II (O ser-determinado) nota ao b (Qualidade). (retornar ao texto)
(3) cap.II C (a contradição), nota. (retornar ao texto)
(4) Veja o apêndice do volume II do livro Vorlesungen über die Philosophie des Religion (em Werke, Berlim, 1832). (retornar ao texto)
(5) Em um relacionamento francês, onde o capitão de um navio declara que, para dirigir-se à terra, esperava que o vento que geralmente subia perto da ilha para a madrugada, a expressão é encontrada: A vLe vent ayant été longtemps sans exister [o vento tendo estado muito tempo sem existir; aqui a diferença surgiu apenas de o modo de falar do passado, tais como: Il a été longtemps sans m'ecrire [Ele ficou muito tempo sem me escrever]. (retornar ao texto)
Inclusão | 24/10/2019 |