Sobre o texto de Lenin, “Esquerdismo: doença infantil do comunismo”, a condenação dos futuros renegados

Il Programma Comunista

1960-1961


Primeira publicação: em partes, em Il Programma Comunista, números 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 24 de 1960 e 1 de 1961.

Fonte: Fio Vermelho — Grupo de Investigação do Comunismo Subterrâneo.

Tradução: Fio Vermelho, a partir do texto em inglês, disponível em quinterna.com, cotejada com o original em italiano, disponível em quinterna.org.

HTML: Lucas Schweppenstette.


Introdução

Ao longo do ano de 1960, muitos quiseram comemorar o quadragésimo aniversário da célebre obra de Lenin, “Esquerdismo: doença infantil do comunismo”. Não nos associamos à moda das comemorações, que geralmente são feitas aos mortos, mas o uso dos ensinamentos de Lenin sempre nos é algo vivo, e nesse caso nos têm sido necessárias, do início ao fim desses quarenta anos, certas operações excretoras contra os oportunistas. Por isso, nosso movimento também dedicou ao tema esta obra, que mantemos substancialmente inalterada conforme a primeira redação publicada nos números 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 24 de 1960, e no primeiro número de 1961, da revista Il Programma Comunista.

Apenas advertimos o leitor que este texto deve ser lido sem se esquecer que sua publicação foi feita em partes, em uma revista periódica, e refere-se à época de 1960.

Indicamos apenas que, como se depreende de algumas notas de rodapé, recorremos inicialmente a edições contemporâneas, sempre obscuras, impressas em Moscou ou na Itália. No decorrer das publicações, dado que nosso trabalho tem sempre um caráter coletivo e impessoal, os companheiros leitores nos enviaram uma edição francesa de 1920, impressa em Paris pela Bibliothèque Communiste, na rua Montmartre, 123; e uma edição alemã do secretariado da Internacional Comunista, impressa no mesmo ano, em Leipzig. Os dois textos certamente correspondem ao que fora distribuído naquele ano aos congressistas em Moscou, e notamos em nosso texto atual algumas das muitas distorções e omissões posteriores. O título em francês é: La Maladie infantile du communisme (le communisme de gauche) [“A doença infantil do comunismo (o comunismo de esquerda)”]; e o alemão: Der linke Radikalismus, die Kinderkrankheit im Kommunismus [“O radicalismo de esquerda, doença infantil do comunismo”].

Os malabarismos para validar as manobras indecentes dos comunistas e socialistas atuais com os escritos de Lenin, de todo semelhantes aos dos traidores da II Internacional que aqui Lenin reduz a pedaços, são ainda mais escandalosos quando provêm de pessoas que dizem ter aprendido com Lenin a casuística de diferentes situações. Tais pessoas podem muito bem se esquecer que, quando Lenin escrevia em 1920, incêndios irrompiam por todo o horizonte, e eram audaciosas algumas manobras propostas para a inserção nas fraturas entre grupos da política burguesa, não porque fosse necessário inserir nesse espaço os elementos mais quentes e fervorosos de nossa poderosa organização, mas apenas e precisamente porque era preciso se exercitar, tendo expirado os poucos momentos no relógio da história, para cravar nos rins daqueles que estabelecem compromissos momentâneos o aço inexorável da força revolucionária.

Índice

Introdução

I. O cenário do drama histórico de 1920

II.

III.

IV.

V.

VI.

VII.