Nossa Política

João Amazonas

Setembro de 1949


Primeira Edição: Agosto-Setembro de 1949.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 20 - Agosto-Setembro de 1949 .
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, Março 2007.
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Os dois últimos meses têm sido marcados em nosso país pelo desenvolvimento continuo da luta pela paz. A campanha em defesa da paz realizada em função da preparação do Congresso Continental atingiu um alto nível, com lutas mais amplas e vigorosas, ultrapassando tanto na mobilização de massas como na repercussão alcançada, a campanha de abril destinada à preparação do Congresso Mundial de Paris. Ao contrário do que pretendia a reação com seus ataques e ameaças, o povo não se intimidou e cerrou ainda mais suas fileiras em torno da luta pela paz, demonstrando disposição de enfrentar os agentes da reação e da preparação guerreira.

Milhares de operários e camponeses, de estudantes e intelectuais, de mulheres e jovens vieram à rua debater os problemas da paz, votar resoluções e estruturar organismos de luta pela paz, angariar assinaturas contra a guerra e eleger delegados para os congressos regionais de Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre e, desde o primeiro momento, tiveram que realizar suas tarefas lutando contra a brutalidade policial do governo de Dutra e dos seus interventores. Ante os olhos do povo, no desdobrar de suas ações pró paz, ficou evidenciado o caráter guerreiro da ditadura que empregou, ao lado dos cães de fila da polícia, as forças armadas, que transformavam cada local destinado a um comício ou conferência num verdadeiro campo de batalha. Não como simples ameaça, mas como tremenda realidade, as metralhadoras e os tanques lançados contra o povo mostraram às grandes massas que há um iminente perigo de guerra, pois só um governo que se prepara para uma aventura guerreira pode se lançar com tal furor e violência contra os partidários da paz.

Sob as balas assassinas da reação, nessa jornada pró paz, caíram o operário Vicente Malvoni, o jornalista Jaime Calado e o trabalhador do campo José França. Correu sangue de jovens e mulheres em Minas Gerais, São Paulo e noutros pontos do país. Centenas de pessoas foram espancadas e torturadas nas cárceres da ditadura que oprime a Nação. Mas, apesar da selvagem repressão à luta em defesa da paz, as massas vão compreendendo cada vez melhor que o sacrifício que hoje fazem será sempre pequeno em comparação com aqueles que teríamos de fazer, se apesar do poderoso movimento mundial pela paz, deflagrasse a guerra. Mais rapidamente do que se podia esperar, caiu a máscara dos demagogos. Os Milton Campos, Ademar de Barros, Mangabeira, Jobim, apoiados indistintamente por udenistas e pessedistas, socialistas e trabalhistas, estiveram juntos na empreitada de reprimir pela violência as manifestações populares organizadas em função do Congresso Continental.

A batalha da paz, tão ardorosamente travada de norte a sul do Brasil, desde logo indicou às massas que a luta pela paz é inseparável da luta pela democracia, já que a preparação de guerra impõe a liquidação completa das mais elementares liberdades democráticas. «O fascismo é a guerra», repetiram os povos amantes da liberdade, desde que Hitler assaltou o poder. As grandes massas viam na máscara que o fascismo trazia a própria cara do monstro da guerra. E não se enganaram, porque o fascismo de Hitler acabou ensangüentando o mundo, roubando milhões de vidas preciosas e destruindo o trabalho fecundo dos povos, tal como hoje pretende fazer o fascismo de Truman. Para fazer a guerra os imperialistas, tentam mudar os sinais dos caminhos, isto é, deformam a seu modo a realidade dos acontecimentos, enganar as massas, intoxicá-las com o veneno chauvinista, com o ódio racial, etc. Para isso procuram esmagar todas as forças que lutam pela paz e desmascaram os seus planos sinistros. Eis por que desde há muito no Brasil se vem perseguindo sistematicamente os comunistas, vanguardeiros da luta por uma vida melhor, se vem atacando com tanto furor o movimento operário e democrático, o direito de reunião, a liberdade de imprensa. Por isso, na sua luta em defesa da paz o povo brasileiro luta também em defesa e pela reconquista das liberdades democráticas. Cada nova restrição que se faz aos direitos do cidadão, sob qualquer pretexto, é, hoje, mais uma ameaça de guerra. Na luta bestial contra os comunistas, a ditadura atinge indistintamente a todos os que não rezam pelo credo sangrento dos banqueiros de Washington a todos os que não desejam dar sua vida e a dos seus entes queridos em holocausto ao expansionismo dos colonizadores ianques.

Esta é uma das experiências que a campanha da paz trouxe ao povo.

A Luta Pela Paz e Pela Soberania Nacional

Com a realização do grande Congresso Continental pela Paz na Cidade do México, que teve lugar de 5 a 10 de setembro corrente, nova etapa foi vencida na batalha da paz, travada pelos povos do mundo inteiro. Não foi fácil vencer mais essa etapa. Foi preciso fazer ingentes esforços para eludir os obstáculos de toda ordem que. se ergueram no caminho dos partidários da paz do Continente. Muito trabalharam o Departamento de Estado, seus agentes e fiéis lacaios na América, para impedir que a vos dos povos americanos atravessasse os muros da reação que circundam o hemisfério e chegasse, numa mensagem de fé e confiança, a todos os outros povos, robustecendo o movimento mundial da paz. Toda sorte de pressão, de ameaças, de chantagens, foi utilizada, muita tinta foi gasta para forjar calúnias, visando frustrar o desenvolvimento da campanha da paz. Não só a polícia e certos políticos como também a Igreja mobilizaram-se nessa odiosa tarefa. «A campanha da paz é comunista — dizia a policia — e quem a ela aderir será inevitavelmente fichado e tratado como comunista». «A campanha da paz é comunista, repetiam certos políticos, e quem a ela aderir fica sujeito a todas as restrições que o governo faz aos comunistas». «A campanha da paz é comunista, repetiam também altos dignitários da Igreja, e quem dela participar incorre no decreto da excomunhão papal». Nada impediu porém que os povos marchassem para o Congresso, realizado na retaguarda do agressor. Argentinos, cubanos canadenses, mexicanos, brasileiros, colombianos, estadunidenses, chilenos, uruguaios e outros, pelos seus delegados mais representativos – Cardenas, Portinari, Gabriela Mistral, Marinello, Wallace, Pomar, Robeson, Toledano, Catunda, Chaplin, Thomas Mann, Neruda e tantos outros, afirmaram solenemente na cidade do México que estarão unidos vigilantes, dispostos a lutar até ao extremo sacrifício contra o desencadeamento da guerra que os banqueiros americanos, com Truman à frente, preparam, acolitados pelos Dutra, Videla, Perón, Pearson, Ospina Perez, pelos coronéis da Venezuela e do Peru, por todos esses ridículos ditadores serviçais do imperialismo na América Latina.

A realização do Congresso contra a vontade expressa do Departamento de Estado foi uma grande vitória dos partidários da paz, o que não pode deixar de repercutir na situação política mundial.

Para esconder sua derrota, mordendo-se de despeito e ódio, os imperialistas procuraram, através de suas agências telegráficas e da imprensa por eles estipendiada, fazer silêncio em torno do grande conclave. Mas nada impediu que os povos do continente tivessem os olhos e o coração voltados para a pátria de Juarez. Ouviram a breve c bela mensagem de Prestes

«É do coração do Continente que vos escrevo estas palavras e vos dirijo este apelo que é um grito contra a guerra imperialista e um chamado à luta decidida, audaz e vigorosa em defesa da paz»

— ouviram igualmente o chamado de todos os seus representantes e a eles, sem dúvida, responderão prontamente, por que é o chamado dos que se batem pela paz, pela liberdade e pela independência detodos os povos da América.

Derrotados com a realização do Congresso, frustrados nos seus planos de impedir a participação do Brasil nesse conclave, os agentes americanos tentaram levantar uma provocação contra o deputado dos trabalhadores de São Paulo, Pedro Pomar, visando criar condições para, sob a calúnia de que os comunistas injuriam o Brasil para defender a Rússia, abafar a repercussão interna dos êxitos do Congresso e conseguir novas leis fascistas que ora se votam na Câmara contra o povo brasileiro. A imprensa vendida a Wall Street abriu manchetes pedindo a cassação do mandato do deputado Pomar, voz incomoda aos seus interesses. Os integralistas de «A Noite» foram mais longe e pediram que o «povo» fosse linchá-lo à sua chegada nesta Capital. Um tal senhor Nobre Filho, suplente do negocista Hugo Borghi e pertencente a um partido que só existe nos registros eleitorais, apressou-se a pedir na Câmara a imediata cassação do seu mandato. E o Sr. Trompowsky, Ministro da Aeronáutica, declarou à imprensa, assim como quem tem telhado de vidro, que «esse deputado não pode continuar no Parlamento».

Estão ou não as forças armadas brasileiras sob a dependência ianque? A discussão desse problema é bem oportuna e veio à luz no momento em que nossos povos se reuniam para encontrar os meios práticas de defender a paz, quando a guerra está sendo dia a dia preparada nos países da América Latina pelos generais ianques, preparação que importa no desaparecimento dos restos da independência e de soberania desses países, signatários do Tratado guerreiro e escravizador do Rio de Janeiro.

É claro que a dependência completa de nossas forças armadas ao comando americano é camuflada de diferentes maneiras e não se pode, de modo oficial, dizer, por exemplo, que o gal. Morris ou o Brigadeiro Saville, agora substituído pelo general Mac Donald, são os comandantes do Exército e da Aeronáutica brasileiros. Mas isso só não podo ser dito de um ponto de vista formal.

Por força do protesto enérgico do povo brasileiro, encabeçado pelos comunistas, contra a ocupação de nossas bases e por força também da repulsa que uma grande parte da oficialidade brasileira das três armas opõe aos colonizadores ianques, tiveram estes que mudar de tática e camuflar suas funções e movimentos.

Os ianques nunca se retiraram completamente de nossas bases e dos postos chaves das forças armadas. Houve apenas troca de posições para confundir os «nativos». Concentraram-se principalmente no Rio de Janeiro, empoleirando-se nos Ministérios e nos gabinetes secretos. Meses após ter sido noticiada a saída dos americanos de nossas bases, lá permaneciam em grupos, sob os mais variados pretextos e disfarces, e o Brigadeiro Saville cansou-se de fazer inspeção e de dar ordens aos seus comandados.

A concentração de militares ianques no Rio é confirmada pelos fatos. Ao lado de qualquer autoridade que ocupa importante cargo do ponto de vista estratégico, há sempre um grupo de «técnicos» americanos. O Ministro da Aeronáutica tem o seu gabinete na sala 905, 9º andar do Ministério da Aeronáutica, à Rua México 74. No mesmo andar, na sala 909, está uma seção aeronáutica da Comissão Mista Militar Brasil-Estados Unidos. Não contentes, os militaristas norte-americanos colocaram junto ao Estado Maior, no 11º andar, s/ 1.101 uma Missão Naval Americana. No mesmo Ministério existe também uma agência da «General Purchasing». Junto do Material Aeronáutico dá-se a mesma coisa. Quando a Diretoria do Material da Aeronáutica funcionava no Edifício Inúbia, na Avenida Pres. Wilson 210, o Diretor Geral do Material, o Brigadeiro Raimundo Vasconcelos de Aboim, tinha seu gabinete de chefia no 12." andar, sala 1.213, e no mesmo andar, nas salas 1.205 e 1.206 tinham os ianques uma Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. Os pedidos de material se fazem em fichas originais ou em cópias fiéis americanas, usando-se toda a nomenclatura americana. Mudando-se para o prédio novo do Aeroporto Santos Dumont, a Diretoria do Material já encontrou ali muito bem instalados, em inúmeras e espaçosas salas, os norte-americanos.

Também no 5º andar da Av. Churchill nº 129 (Diretoria de Saúde do Ministério da Aeronáutica) existe uma sala com a placa — Missão Americana. Esta Missão é composta de um coronel médico, um capitão de Mar e Guerra médico, um sargento enfermeiro e mais três moças graduadas no posto de capitão.

Estranha coincidência essa de funcionar, sempre no mesmo andar e sempre no mesmo prédio, o comando das forças brasileiras e as «seções» (órgãos de comando) das forças armadas americanas, que nada têm aqui a fazer.

Não é diferente a situação no Tráfego Aéreo. Na mesma sala de operações aéreas brasileiras, colocaram os ianques a United States Army Flight Unit and Operations. E junto do diretor do Tráfego Aéreo, no Calabouço, funciona uma comissão americana que usa o telefone 42-5599. Em todos os locais de administração da FAB, nos pontos chaves, se encontra um comando ianque rotulado com qualquer nome. Ainda não é tudo. Junto à Escola do Estado Maior da Aeronáutica, à rua Pereira da Silva nº 26, há igualmente uma comissão americana. Além dos adidos militares, que operam na Embaixada Americana à Av. Pres. Wilson 165, existem outros que não são adidos e que recebem designações especiais como a de Chefe da Seção Militar do Exército Americano no Brasil, que se acha instalado à rua Almirante Pereira Guimarães 53. E que faz no Brasil o representante para a Aviação Civil que mora à rua Prudente de Morais 1.441?

Talvez por tudo isto é que o Ministro Trompowsky tanto se exasperou com a participação do deputado Pomar no Congresso do México, a ponto de pretender, como castigo, vê-lo fora do Parlamento.

O mais justo seria que o Sr. Ministro Trompowsky respondesse ao povo brasileiro por que a orientação do Curso de Prática Aérea, na base de Cumbica, São Paulo, visa preparar oficiais brasileiros para operar em esquadrões americanos, curso que em tudo se baseia em aviões que não possuímos e bombas que não são usadas por nós. E já não falemos no fardamento dos oficiais da FAB que é uma cópia fiel do fardamento americano: sapato marrom, pano do quepe caqui, posto na gola da camisa e introdução de um brasão no braço, designando a zona aérea em que serve o militar.

São estes os fatos, ou melhor, alguns fatos, pois muitos outros são conhecidos. Eles demonstram que nossas forças armadas estão de fato na dependência do comando das forças armadas americanas, já que as principais seções da FAB não podem funcionar sem ter ao lado, acintosamente, uma equipe de chefes das forças armadas de um país estrangeiro, país esse que prepara uma guerra imperialista, de agressão, condenada pelas nossas leis e pelas tradições de nosso povo.

Justamente por isso aumenta nas próprias fileiras de nossas forças armadas, onde é ainda vivo o exemplo de Floriano e Benjamin Constant, de Osório e Siqueira Campos, a repulsa a esses procedimentos anti-nacionais.

A campanha de preparação do Congresso do México demonstrou assim, oportunamente, que a luta pela paz exige também em nosso país uma ampla campanha pela expulsão imediata de todos os agentes ianques, civis ou militares, quaisquer que sejam os pretextos que os retêm por aqui, porque, na verdade, sua preocupação fundamental, ao lado do objetivo de colonização e submissão de nosso país ao imperialismo, é a preparação de guerra que realizam no seio das forças armadas do Brasil.

Objetivos da Batalha da Paz

A vitória alcançada com a realização do Congresso do México não deve ser subestimada pelas forças dos partidários da paz e da democracia no Continente, mas, de outro lado, não devemos dormir sobre os louros dessa grandiosa jornada. Novos esforços são necessários, lutas mais árduas nos esperam. Os imperialistas americanos e seus sócios ingleses, desesperados pela crise econômica que faz estremecer os alicerces do mundo capitalista e acuados pelas demonstrações de paz que vêm de todos os quadrantes da Terra, perdem a cabeça e tomam medidas mais sérias no caminho do desencadeamento da guerra. Sua linguagem é cada vez menos diplomática e mais cínica contra a União Soviética. São os imperialistas que falam pela boca dos governantes fantoches gregos, ameaçando invadir a Albânia; são eles que dirigem os fios da provocação realizada por Tito e sua camarilha de bandidos; são eles que entregam aos nazistas o novo governo da Alemanha Ocidental constituído ilegalmente; são eles, enfim, que põem praticamente em formação de combate os países signatários do Pacto do Atlântico, abertamente dirigido contra a gloriosa União Soviética e as Democracias Populares.

As forças da paz são mais poderosas, e já o têm demonstrado. Não basta, porém, para impedir a guerra, que fiquemos nas declarações e nas ações até agora realizadas, que têm, sem dúvida, indiscutível valor. Os acontecimentos indicam que é preciso ação e organização mais vigorosas. A batalha da paz tem objetivos definidos e só pode considerar-se vitoriosa quando os tenha plenamente atingido. Visamos, nessa batalha, que é de todos os povos, independente das suas convicções políticas e religiosas, obrigar a volta à política de cooperação no campo internacional, que serviu na guerra passada para esmagar os exércitos fascistas; visamos igualmente fazer tremular em todos os países a bandeira da democracia. Os povos poderão impor sua vontade. Os povos, unidos, esmagarão os inimigos da paz e das liberdades democráticas onde quer que se encontrem.

É preciso mobilizar para a batalha da paz, sempre mais árdua, os milhões de pessoas que ainda hoje não estão esclarecidas sobre o perigo de guerra que os ameaça. É imprescindível alicerçar a campanha nas grandes massas trabalhadoras das cidades e do campo ligando-a à luta pelas suas reivindicações mais sentidas. É preciso desmascarar com vigor todas as medidas que conduzem à guerra e fazer intenso trabalho de esclarecimento político e ideológico, entre as grandes massas, para impedir que possam cair sob a influência da propaganda mentirosa dos seus piores inimigos.

De outro modo, não ganharemos a batalha da paz.

Nossa Tarefa na Frente Ideológica

«Problemas», que comemora com este número o seu 2º aniversário, tem, nesse sentido, uma grande tarefa a realizar. Sem dúvida nossa revista muito tem ajudado o povo a compreender melhor seus problemas fundamentais. Em suas páginas têm sido publicados artigos esclarecedores e profundos estudos sobre questões nacionais e internacionais mais em foco, vistos sob o ângulo da teoria do marxismo-leninismo-stalinismo. Sem a revista «Problemas» milhares de pessoas que se interessam pelas questões do socialismo e da democracia popular, teriam dificuldades de compreender com mais clareza algumas das principais modificações que se vão operando ns mundo, cada vez mais dividido, como assinalou Zhdanov, em dois campos — o campo democrático e anti-imperialista e o campo imperialista e anti-democrático.

Mas a principal tarefa de «Problemas» nos dias de hoje é contribuir para armar, política e ideologicamente, um número sempre maior de brasileiros para a batalha da paz em pleno desenvolvimento.

O trabalho ideológico tem máxima importância nessa batalha e «Problemas», no terceiro ano de sua circulação, não poupará esforços para colocar-se à altura das necessidades do momento histórico que atravessamos e da exigência que fazem, crescentemente, seus leitores desejosos de possuir uma interpretação clara e correta dos acontecimentos nacionais e mundiais que se sucedem com tanta rapidez.

Derrotar o inimigo imperialista no terreno ideológico é condição primeira — como assinalou Prestes — para impedir que o nosso povo seja enganado pelos demagogos, dividido, separado de sua vanguarda revolucionária e finalmente arrastado pela burguesia à completa submissão ao imperialismo ianque, à reação fascista e à guerra contra a União Soviética.

Esta a honrosa tarefa de «Problemas».


"Eu costumo dar nome às coisas. Defendo minhas idéias, minhas concepções comunistas. Defendo o sentido e o conteúdo de minha vida. Eis porque cada frase que pronuncio diante do Tribunal é sangue do meu sangue e carne da minha carne."
Dimitrov

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Inclusão 15/02/2008