(1895-1970): militar, político e estadista mexicano. Em 1913, com a idade de 18 anos ingressou nas forças revolucionárias que combatiam pela reforma agrária. Em 1914 foi promovido a Capitão, em 1915 a Tenente-Coronel e posteriormente alcançou o posto de General. Foi Governador em 1920 e em 1929 foi eleito Presidente do Partido Revolucionário Nacional. Em 1933 foi eleito Presidente do México e governou de 1934 a 1940 período no qual impulsionou a Reforma Agrária, tendo distribuido cerca de 18 milhões de hectares, apoiou os sindicatos, combateu o analfabetismo e estimulou a industrialização do país. Em 1938 nacionalizou a exploração de petróleo e expulsou do país as companhias petrolíferas norte-americanas. Concedeu assilo político à Trotsky, apoiou a República Espanhola e deu asilo político a inúmeros espanhois após a Guerra Civil. Após deixar a Presidência da República em 1940 e resumiu seu pensamento político-social em 10 pontos:
I) A miséria, a ignorância, as enfermidades e os vícios escravizam os povos;
II) A cada um em relação ao seu trabalho, a todos segundo suas necessidades de pão, casa, vestuário, saúde, cultura e dignidade;
III) Obter a máxima eficiência, como o mínimo esforço e a mais equitativa distribuição
da riqueza;
IV) Sem grande produção não há amplo consumo, nem grande indústria, nem economia poderosa, nem bem estar coletivo, nem nação soberana;
V) Too Estado moderno exige uma técnica dirigida para a abundância de bens essenciais e de equipamentos eficientes de cultivo, de transformação, de comunicações, de câmbio e de cultura;
VI) Eliminar o supérfluo para que a ninguém falte o necessário e se evite que os ricos se tornem mais ricos e os pobres mais pobres;
VII) Contra a pátria, ninguém. Pela pátria, todos;
VIII) Todos somos servidores das causas da liberdade, da democracia e do progresso;
IX) As reformas avançadas são vitórias das forças do bem sobre o mau em suas lutas pela redenção dos oprimidos;
X) Só a justiça social garantirá a paz e a felicidade humana.
Em 1955, Cardenas recebeu o Prêmio Lenin da Paz. Morreu de cancer em 19 de outubro de 1970.