(470-399 A.C.): Príncipe dos filósofos de Atenas. Combateu os vícios e os preconceitos de seu tempo. Sua doutrina era profunda e sublime, e sua moral, severa. Orgulhava-se por ser pobre e não cobrava nada por suas lições. Platão, Xenofonte, Alcebíades, etc., foram seus discípulos. Após a queda da oligarquia dos Trinta, acusado por Melitos de ateísmo e corruptor da mocidade, foi processado e condenado à morte, bebendo cicuta. O aparecimento de Sócrates indica uma volta na história da filosofia grega, bem como na história da Grécia em geral. Com ele, a filosofia grega da natureza, de orientação essencialmente materialista, começa a tornar-se uma filosofia espiritual de tendência idealista. Essa evolução foi continuada por Platão e acabada por Aristóteles. Tal orientação de Sócrates para o idealismo está em estreita conexão com a situação histórica de sua cidade natal, Atenas, e da Grécia em geral, isto é, com o inicio da decadência da economia grega em geral e da economia ateniense em particular, baseada no trabalho escravo. As ideias criadas por Sócrates e desenvolvidas por Platão proporcionaram, mais tarde, elementos constitutivos essenciais ao cristianismo primitivo.
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