Os Industriais de Hannover e as Tarifas Protecionistas(1)

Karl Marx

22 de Novembro de 1842


Escrito: em Novembro de 1842;

Primeira Edição: Suplemento da Rheinische Zeitung, nº 326, 22 de novembro de 1842;

Fonte: Marx-Engels Collected Works, volume 1, p.286;
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Nós podemos reconhecer a base histórica do raciocínio do autor e nós podemos aceitar que, tal como os fatos testemunham, durante os últimos 400-500 anos a Inglaterra, especialmente, fez um bom negócio em proteger suas indústrias e manufaturas, apesar de que nós não necessariamente concordamos com o sistema de tarifas protecionistas. O exemplo inglês é sua própria refutação porque é precisamente na Inglaterra que os resultados danosos vêm à tona em um sistema que não é um sistema de nosso tempo, mas que poderia corresponder a condições medievais, baseado na divisão e não na unidade, que é, na falta de uma proteção geral, um estado racional e um sistema racional de estados individuais onde precisa ter proteções especiais para cada esfera em particular. Comércio e indústria precisam ser protegidos, mas o ponto discutível é se as tarifas protecionistas realmente protegem o comércio e a indústria. Nós respeitamos tal sistema muito mais como a organização de um estado de guerra em tempo de paz, um estado de guerra que, direcionado em primeiro lugar contra os demais países, necessariamente torna sua implementação contra o país que o organiza. Mas, no caso de um único país, reconhecer o princípio do livre comércio é dependente do estado geral mundial e, assim, essa questão tem que ser decidida somente por um congresso de Nações e não por um único governo.

(assinado)
O Conselho Editorial
do Rheinische Zeitung


Notas:

(1) Nota 106 do Volume 1 do MECW: Essa nota foi publicada no Rheinische Zeitung como nota de rodapé para o artigo Die hannoverschen Industriellen und der Schutzzol. Ainda não foi provado quem é o autor desse texto. Alguns pesquisadores duvidam se ele foi mesmo escrito por Marx. (retornar ao texto)

Inclusão 09/02/2009