A Última Batalha Contra o Agressor Japonês

Mao Tsetung

9 de Agosto de 1945


Primeira Edição: ....
Tradução: A presente tradução está conforme à nova edição das Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Tomo II (Edições do Povo, Pequim, Agosto de 1952). Nas notas introduziram-se alterações, para atender as necessidades de edição em línguas estrangeiras.
Fonte: Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Pequim, 1975, Tomo III, pág: 463-464.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo

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A 8 de Agosto, o governo da União Soviética declarou guerra ao Japão; o povo chinês saúda calorosamente esse acontecimento. Esse ato da União Soviética vai reduzir consideravelmente a duração da guerra contra o Japão. A guerra encontra-se já na última fase; a hora da vitória final sobre o invasor japonês e todos os seus lacaios vai soar. Nessas circunstâncias, todas as forças anti-japonesas do povo chinês devem desencadear uma contraofensiva em escala nacional, assegurando coordenação estreita e eficaz das suas operações com as da União Soviética e das outras potências aliadas. O VIII Exército, o Novo IV Exército e as demais forças populares, aproveitando todas as ocasiões possíveis, devem lançar generalizadamente ataques contra os invasores e os lacaios que se recusem a capitular, a fim de lhes aniquilarem as forças, capturarem as armas e o material, ampliarem vigorosamente as regiões libertadas e reduzirem o território ocupado pelo inimigo. Impõe-se formar com audácia equipas de trabalho armadas que, às centenas, aos milhares, se infiltrarão profundamente nas áreas mais recuadas da retaguarda inimiga, organizando a população civil para a destruição das linhas de comunicação do inimigo e para combater em coordenação com o exército regular. É necessário mobilizar amplamente os milhões e milhões de habitantes das regiões ocupadas e organizar aí, sem demora, forças clandestinas que preparem levantamentos armados e aniquilem o inimigo em coordenação com as tropas que atacam pelo exterior. Mas não se descuidará por isso a consolidação das regiões libertadas. No decurso do Inverno e Primavera próximos, nessas regiões, que já abarcam cem milhões de habitantes, e nas que nesse meio tempo tiverem sido libertadas, será necessário reduzir por toda a parte as rendas e as taxas de juro, desenvolver a produção, instaurar o poder popular, criar forças armadas populares, intensificar o trabalho das milícias populares, reforçar a disciplina no exército, perseverar na política em favor da frente única de todos os setores do povo e evitar todo o desperdício de recursos humanos e materiais. Todas essas medidas visam a reforçar a nossa ofensiva contra o inimigo. A nação inteira deve redobrar de vigilância para conjurar o perigo de guerra civil e esforçar-se por conseguir a formação dum governo democrático de coalizão. A guerra de libertação nacional da China entrou em nova fase, o nosso povo deve reforçar a unidade na luta pela vitória final.


Inclusão 09/08/2015