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O nosso Partido Comunista, o VIII Exército e o Novo IV Exército dirigidos pelo Partido Comunista são batalhões da revolução. Tais batalhões são totalmente devotados à libertação do povo e trabalham inteiramente no interesse deste. O camarada Tcham Se-te(1) era um combatente dessas fileiras revolucionárias.
Todo o homem tem de morrer um dia, mas nem todas as mortes têm o mesmo significado. Sema Tsien, escritor da China antiga, dizia:
“Embora a morte colha a todos igualmente, a morte duns tem mais peso que o monte Tai, enquanto que a de outros pesa menos que uma pena”(2).
Morrer pelos interesses do povo tem mais peso que o monte Tai, mas empenhar-se ao serviço dos fascistas e morrer pelos exploradores e opressores do povo pesa menos que uma pena. O camarada Tcham Se-te morreu ao serviço dos interesses do povo, razão por que a sua morte pesa mais que o monte Tai.
Como servimos o povo, não receamos ver apontadas e criticadas as falhas que temos. Seja quem for pode apontar as nossas falhas pois, se tiver razão, nós corrigi-las-emos; e, se aquilo que propuser beneficiar o povo, agiremos de acordo com a proposta. A ideia de “menos tropas mas melhores e uma administração simplificada” foi-nos feita pelo senhor Li Tim-mim(3), que não é comunista. A sugestão era boa, útil ao povo, nós adotamo-la. Se, no interesse do povo, persistimos no que é justo e corrigimos o que está errado, as nossas fileiras desenvolvem-se indubitavelmente.
Viemos dos quatro cantos do país, une-nos um objetivo revolucionário comum e devemos prosseguir no nosso caminho com a imensa maioria do povo. Hoje dirigimos já bases de apoio com uma população de 91 milhões de indivíduos(4), mas isso ainda não é suficiente, pois precisamos de muitas mais bases se queremos libertar a totalidade da nação. Que nos momentos difíceis os camaradas não percam de vista os nossos sucessos, olhem para o nosso futuro luminoso e redobrem de coragem. O povo chinês sofre, é nosso dever arrancá-lo dessa situação, razão por que devemos lutar com todas as nossas forças. Onde há luta há sacrifício e a morte é coisa frequente. Mas nós trazemos no peito os interesses do povo e os sofrimentos da grande maioria do povo, morrer por este é dar pois à morte toda a sua dignidade. Contudo, há que reduzir ao mínimo os sacrifícios desnecessários. Os nossos quadros devem preocupar-se por cada um dos soldados e, nas filas da revolução, todos devemos cuidar uns dos outros, amar-nos e ajudar-nos mutuamente.
No futuro, quando alguém tombar nas nossas fileiras, seja cozinheiro ou soldado, devemos celebrar a sua memória com uma cerimônia fúnebre por mais pequeno que seja o trabalho útil que tenha prestado. Isso deve converter-se numa regra. E tal prática deve também estender-se à população. Quando morrer alguém numa aldeia devemos organizar uma cerimônia em memória do defunto. Assim, exprimiremos a nossa dor e contribuiremos para a união da totalidade do povo.
Notas de rodapé:
(1) Soldado do Regimento da Guarda do Comitê Central do Partido Comunista da China. Enfileirou na revolução em 1933, fez a Grande Marcha e foi ferido em serviço. Foi um comunista que serviu lealmente os interesses do povo. Em 5 de Setembro de 1944, enquanto fabricava carvão de madeira nas montanhas do distrito de Ansei, norte do Xensi, morreu em consequência do desmoronamento dum forno de carvão. (retornar ao texto)
(2) Sema Tsien, célebre escritor e historiador chinês do século II A.C., autor de Memórias Históricas em 130 capítulos. A citação é tirada da sua “Resposta à Carta de Jen Shao-tchim”. (retornar ao texto)
(3) Nobre esclarecido do norte de Xensi que foi eleito vice-presidente do Governo da Região Fronteiriça Xensi-Cansu-Ninsia. (retornar ao texto)
(4) Número total da população da região Xensi-Cansu-Ninsia e de outras regiões libertadas no Norte, Centro e Sul da China. (retornar ao texto)
Inclusão | 01/09/2015 |