(1)
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular, guerrilheiros e guerrilheiras;
Bravos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês;
Queridos camaradas:
Às 10:00 de 27 de julho, em Panmunjom, foi concluído o Acordo de Armistício entre as partes: uma, integrada por representantes do Exército Popular da Coreia e do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, e a outra, por representantes das forças armadas agressoras, acaudilhadas pelos imperialistas ianques.
Conforme este Acordo, a partir das 22:00 do dia 27 de julho, suspendem-se todas as ações de guerra entre os lados beligerantes, implantando-se o armistício na Coreia, esperado e desejado unanimemente não apenas por todo o povo coreano, mas também pelos povos amantes da liberdade de todo o mundo.
O cessar-fogo é produto da luta heroica que nosso povo travou durante três anos contra as forças coligadas dos imperialistas estrangeiros e a camarilha vende-pátria de Syngman Rhee, o lacaio do imperialismo estadunidense, pela liberdade e a independência da pátria; é uma vitória histórica do nosso povo.
Ao empreender a invasão armada contra nossa pátria e nosso povo, os imperialistas ianques, sonhando em dominar o mundo, pretendiam fazer de nosso povo seu escravo perpétuo, transformar nosso país em colônia e base estratégico-militar contra a União Soviética e a China.
Embora os invasores armados, os imperialistas ianques, tenham mobilizado forças terrestres, marítimas e aéreas, equipadas com técnicas modernas, e até mesmo as de países satélites, não conseguiram realizar seu propósito sinistro, mas, pelo contrário, fracassaram, sofrendo enormes perdas em homens e materiais. Nos três anos de guerra na Coreia, os imperialistas ianques puderam conhecer a grande força do povo coreano, de sua intransigente vontade de luta e da grande vitalidade do regime popular democrático estabelecido na parte Norte do nosso país.
Em reiteradas vezes, nossa nação, ao longo de sua história de cinco milênios, combateu heroicamente o invasor. Mas nunca houve um exemplo tão incomum como a Guerra de Libertação da Pátria, quando todo o povo com as forças unidas desferiu golpes devastadores a um inimigo poderoso e obtiveram uma vitória brilhante; além disso, nunca como hoje nosso povo desfrutou de um prestígio internacional tão alto e do ativo apoio e simpatia dos povos de todo o mundo.
O heroico povo coreano e suas forças armadas, o Exército Popular da Coreia, lado a lado com o Corpo de Voluntários do fraterno povo chinês, e com apoio e respaldo constante dos povos dos países socialistas, de democracia popular e dos povos amantes da liberdade do mundo inteiro, lutaram bravamente durante três anos superando todo tipo de contratempos e revelando inaudito heroísmo, abnegação patriótica e tenacidade inabalável. Dezenas de milhares dos melhores filhos e filhas de nossa pátria consagraram suas vidas à sagrada luta pela defesa da pátria, e nosso povo combateu obstinadamente, desafiando todas as dificuldades e todos os sacrifícios, até alcançar o triunfo na guerra.
Não foi em vão o sangue derramado pelos melhores filhos e filhas de nossa pátria na sagrada luta pela liberdade e a independência, nem a dor e os sacrifícios de nosso povo.
O povo coreano e o Exército Popular salvaguardaram com sua luta abnegada o regime popular democrático, estabelecido na parte Norte de nossa pátria, os êxitos das reformas democráticas e a base democrática frente à invasão perpetrada pelas forças coligadas imperialistas, acaudilhadas pelo exército agressor do imperialismo estadunidense, líder do imperialismo contemporâneo. Foi assim que o povo coreano passou a ter condições não apenas para consolidar continuamente as forças revolucionárias da parte Norte da Coreia nos aspectos político, econômico, militar e cultural e salvar-se de correr o destino de escravo colonial do imperialismo ianque, mas, também, para lograr a reunificação e independência completas da pátria, o maior desejo de toda a nação.
O povo coreano, que experienciou até os ossos o domínio colonial obscuro do imperialismo japonês por quase meio século, sabe muito bem como é a situação de uma nação privada de seu país e qual é o destino de um escravo colonial.
A pátria é para nosso povo a coisa mais preciosa que não pode ser trocada por nada no mundo. Por isso, defendeu a RPDC, sua pátria, em heroica luta contra o ataque dos invasores armados imperialistas.
O povo coreano e suas forças armadas, o Exército Popular da Coreia, com sua heroica luta, consolidaram mais as posições e o prestígio de sua República no plano exterior e interior e colocaram seu país, sua nação, nas fileiras dos países avançados, nas fileiras dos combatentes avançados, que lutam pela independência nacional, pela liberdade, pela paz e pela democracia.
A luta de libertação do povo coreano pela liberdade e independência tornou-se a bandeira do movimento de libertação nacional dos povos oprimidos do Oriente e destacou que os povos asiáticos, outrora vítimas de todo tipo de humilhações pelos imperialistas, podem defender com armas na mão a liberdade e a independência de suas pátrias. Portanto, os povos amantes da liberdade do mundo inteiro chamam o povo coreano de combatente avançado pela independência e liberdade nacionais, e Stalin disse que o Partido do Trabalho da Coreia, vanguarda combativa das massas trabalhadoras coreanas, é uma “brigada de choque” da independência nacional e da liberdade.
Nos três anos de provação da guerra, nosso povo se temperou como aço, elevaram-se a função e o papel dos organismos do Partido e de poder e das organizações sociais, seus quadros se capacitaram, fortaleceram-se e também acumularam rica experiência.
No fragor da guerra, foram formados dezenas de milhares de quadros capacitados para todos os ramos — militar, político, econômico e cultural —, e o Exército Popular da Coreia, poderosas forças armadas do nosso povo, cresceu e se consolidou como um exército invencível. No curso da guerra, nosso povo, nossos oficiais e soldados do Exército Popular passaram a ter maior confiança e dignidade nacional de que poderiam derrotar qualquer inimigo, mesmo que fosse várias vezes superior em força.
A rica experiência que adquirimos no transcurso da guerra servirá como base para a edificação de um país poderoso e rico, independente e democrático, como uma valiosa garantia para restabelecer e desenvolver com prontidão nossa pátria devastada pela guerra e assegurar ao país e ao povo prosperidade e felicidade ilimitadas.
Com sua luta heroica, o povo coreano e suas forças armadas, o glorioso Exército Popular, expuseram ao mundo inteiro a verdadeira face dos imperialistas estadunidenses, o líder mais bárbaro do imperialismo atual.
Na guerra coreana, não apenas se destruiu o mito da “invencibilidade” dos EUA, mas também foi exposta a natureza sinistra da “democracia” estadunidense, que, durante muito tempo, os imperialistas ianques astutamente pintavam como ideal.
Os imperialistas ianques foram objeto de repulsa e indignação dos povos amantes da liberdade, foram isolados como consequência das atrocidades, métodos e meios bélicos criminosos, desconhecidos na história das guerras, a que recorreram na guerra contra o povo coreano.
Os fracassos militar, político e moral dos invasores armados, os imperialistas ianques, na frente coreana não constituem apenas uma grande vitória para o povo coreano na luta pela liberdade e a independência, mas também um magno triunfo do campo democrático amante da liberdade.
A guerra na Coreia evidenciou mais uma vez que a unidade e a coesão do campo democrático, amante da paz, são inquebrantáveis, e suas forças, invencíveis.
O fato de os EUA, chamados de superpotência do campo imperialista, depois de três anos de guerra contra nossa pequena Coreia, terem sido obrigados a se ajoelhar no mesmo local onde se iniciou a invasão armada e a firmar o Acordo de Armistício, destacou que os imperialistas já não podem agredir à vontade, como no passado, os territórios de outros países. Isto constitui também uma prova clara de que nenhuma força agressora pode subjugar os povos que conhecem o valor da independência nacional e se levantam unanimemente com a decisão de lutar até o fim contra os agressores, com o apoio do campo democrático, amante da paz.
Na guerra coreana, cresceu a força do campo democrático amante da paz, enquanto se agravaram as contradições no campo imperialista e se aprofundou a crise do capitalismo.
O fracasso do projeto agressivo dos imperialistas ianques na guerra da Coreia obriga os maníacos de guerra a levar em consideração as consequências que outras aventuras militares podem acarretar. Os imperialistas estadunidenses consideravam sua invasão à Coreia e à China como um passo decisivo para provocar uma terceira guerra mundial, mas sua guerra agressiva na Coreia não ocorreu como queriam. Desferindo resolutos golpes aos invasores armados, os imperialistas ianques, nosso bravo Exército Popular e o Corpo de Voluntários do Povo Chinês frustraram esse plano sinistro contra a Coreia e apagaram o fogo da febre bélica, fazendo uma grande contribuição para prevenir o início da terceira guerra e salvaguardar a paz e a segurança no mundo, especialmente no Extremo Oriente.
(2)
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular, guerrilheiros e guerrilheiras;
Valorosos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês;
Queridos camaradas:
Qual foi o fator fundamental para que o povo coreano alcançasse esta grande vitória na Guerra de Libertação da Pátria pela liberdade e independência e que força tornou possível alcançar esse brilhante triunfo?
Um fator importante da vitória do povo coreano em sua Guerra de Libertação da Pátria contra os agressores armados, os imperialistas ianques, foi a aliança inquebrantável da classe operária e do campesinato trabalhador, e o fervoroso apoio dado a esta aliança pelas diversas classes e setores das forças democráticas. Tal aliança e tal apoio constituem a base da solidez da República Popular Democrática da Coreia e de todos os êxitos alcançados por nosso povo.
Após a libertação, nosso povo criou uma poderosa base democrática e a consolidou em todos os setores: político, econômico, militar e cultural. Criamos o Exército Popular da Coreia, nossas próprias forças armadas capazes de defender o Poder popular do atentado dos agressores e formamos uma retaguarda e uma base econômica sólida capaz de cobrir todas as necessidades do Exército Popular e da guerra. Apoiando-se na poderosa base democrática, nosso povo satisfez as demandas apresentadas pela guerra, de recursos humanos e materiais, e é por isso que logrou a vitória na guerra.
Quando provocaram a guerra na Coreia, os imperialistas ianques calculavam que o povo coreano não ousaria confrontar sua técnica militar, especialmente suas forças aéreas. Acreditavam que poderiam dominar nosso povo através de sua técnica militar.
Mas também nesse aspecto, estavam completamente equivocados. Esta técnica militar não serviu para subjugar o povo coreano, nem mesmo intimidá-lo. Como prova a guerra na Coreia, a superioridade técnico-militar não é, em absoluto, o único fator de triunfo em uma guerra. Não basta para alcançá-lo.
O estado político e moral do exército e do povo e seu espírito combativo na frente e na retaguarda são um dos fatores mais importantes da vitória na guerra. O erro fundamental do inimigo foi não compreendê-lo.
Os oficiais e soldados do Exército Popular e do Corpo de Voluntários do Povo Chinês exibiram valentia e heroísmo sem par na luta contra os agressores armados, enquanto os exércitos dos EUA e de seus satélites demonstraram apatia e covardia na guerra. Sabiam que, como invasores, travavam uma guerra injusta, em benefício dos monopolistas. Os oficiais e soldados do Exército Popular da Coreia e do Corpo de Voluntários do Povo Chinês estavam conscientes de que a guerra contra os agressores imperialistas ianques era justa e seu dever sagrado era lutar até ao custo da vida nesta guerra.
Quando provocaram a guerra agressiva contra a RPDC, os imperialistas supunham, também, que poderiam isolar nosso povo dos povos amantes da liberdade do mundo, mas não conseguiram. Pelo contrário, em sua heroica luta contra os intervencionistas armados estadunidenses e ingleses, o povo coreano desfrutou do ativo apoio e da ajuda, do carinho e do respeito desses povos.
Eles condenaram os intervencionistas armados estadunidenses e ingleses pelas atrocidades perpetradas na Coreia e lutaram resolutamente para interromper a bandidesca agressão armada do imperialismo ianque.
Os países do campo socialista e democrático não apenas nos apoiaram moralmente, mas também nos deram grande ajuda econômica. Especial menção merece a campanha de resistência aos ianques e ajuda à Coreia, liderada pelo povo chinês, que enviou seus destacamentos de voluntários à frente coreana no período mais difícil da Guerra de Libertação da Pátria. Os oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, revelando alto espírito internacionalista e sentimento de amizade fraternal, lado a lado com o Exército Popular, combateram heroicamente na frente coreana, superando todas as dificuldades.
O apoio moral e político e a ajuda material que os povos do campo socialista e democrático ofereceram ao povo coreano, bem como a assistência na frente coreana do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, constituíram outro fator importante do triunfo alcançado pelo povo coreano na luta contra os invasores armados, os imperialistas estadunidenses.
Encabeça a luta do povo coreano o Partido do Trabalho da Coreia, partido de novo tipo, marxista-leninista, que em todas as suas atividades se baseia na doutrina invencível do marxismo-leninismo e aplica de modo criativo as experiências dos partidos revolucionários em nosso país.
No árduo período de guerra, os membros do Partido do Trabalho não pouparam suas vidas pela pátria e pelo povo, e, colocando-se à frente da luta pela independência, liberdade e honra da pátria, organizaram e mobilizaram o povo para a vitória. Com suas ações e luta práticas pela pátria e o povo, demonstraram a infinita lealdade aos interesses do povo e firmeza e consistência como seus defensores.
Sob a direção do Partido do Trabalho, todas as classes e camadas do povo, desde operários, camponeses e intelectuais a empresários, comerciantes e artesãos, firmemente agrupados na Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, lutaram bravamente para salvaguardar a liberdade da pátria e a independência nacional.
Por estes fatores, o povo coreano pôde lograr um brilhante triunfo na Guerra de Libertação da Pátria contra as forças coligadas imperialistas, acaudilhadas pelo imperialismo ianque.
(3)
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular, guerrilheiros e guerrilheiras;
Bravos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês;
Queridos camaradas:
Com a conclusão do Acordo de Armistício, perante nosso Partido, Governo e povo coreano se apresentam tarefas políticas, econômicas e militares: restaurar e acelerar a economia nacional destruída durante a guerra, mobilizando todas as forças do país e do povo, fortalecer a capacidade defensiva do país, elevar o nível de vida material e cultural do povo, consolidar e desenvolver o regime popular democrático para cumprir a tarefa histórica da reunificação pacífica da pátria.
Devemos nos manter em estado de preparação e mobilização permanente.
A suspensão das ações militares na frente coreana não significa que os imperialistas estadunidenses tenham renunciado para sempre seus projetos agressivos contra nossa pátria. A assinatura do Acordo de Armistício significa cessar-fogo, o primeiro passo para a solução pacífica do problema coreano, mas não a conquista de uma paz completa.
Na parte Sul de nossa pátria, permanecem as tropas agressoras imperialistas ianques e segue inalterado o domínio antipopular do títere Syngman Rhee, que advoga por uma “expedição ao Norte”.
Não é segredo para ninguém que os imperialistas estadunidenses não pretendem se retirar do nosso solo pátrio e rearmar o Japão para usá-lo como um instrumento de sua política agressiva na Ásia. Além disso, o povo coreano sabe bem que existem bases das forças aéreas dos EUA no Japão, que reduziram nossas cidades e vilarejos pacíficos a cinzas, e que o Japão serviu de arsenal, de base de suprimento para o exército ianque durante a guerra coreana.
Além disso, somos forçados a permanecer alertas às maquinações que os imperialistas estadunidenses e a camarilha traidora de Syngman Rhee tramaram pouco antes da conclusão do Acordo de Armistício.
Ultimamente, a camarilha de Syngman Rhee e o governo reacionário japonês de Yoshida mantiveram conversações para concluir o chamado “acordo sul-coreano-japonês”, e a camarilha de Syngman Rhee, se opondo ao Acordo de Armistício, pretende abertamente continuar a guerra, a “expedição ao Norte”, e, em conluio com o imperialismo estadunidense, deixou “livres” os prisioneiros, que são retidos à força. Antes de firmar o Acordo de Armistício, os imperialistas ianques se comprometeram com a camarilha vende-pátria de Syngman Rhee para concluir o chamado “tratado de defesa mútua sul-coreano-estadunidense” com o propósito de intervir continuamente nos assuntos internos da Coreia; o general estadunidense Taylor, antes do cessar-fogo, deu às unidades sob seu comando instruções para permanecer em alerta de guerra para a próxima etapa.
Todos estes acontecimentos que ocorrem atualmente no campo inimigo com relação ao Acordo de Armistício evidenciam que os agressores imperialistas ianques estão tramando vis e sinistros planos para continuar ocupando o Sul da Coreia, tornando-a para sempre sua base militar e sua colônia, seguir mantendo na frente os jovens sul-coreanos como bucha de canhão e continuar intervindo nos assuntos internos do nosso país. Mas o povo coreano não deixará que materializem tal projeto maligno.
Não devemos esquecer que o inimigo pode violar o Acordo de Armistício e retomar a guerra, isto é, que nosso país pode voltar à guerra a qualquer momento.
O Governo da RPDC não cessará seus esforços para estabelecer uma paz duradoura. Todo o povo coreano deverá se unir mais compactamente para enfrentar a camarilha antipopular e traidora de Syngman Rhee e seus protetores estrangeiros e salvaguardar a paz, a liberdade e os direitos democráticos.
O cessar-fogo na Coreia deve ser precisamente o primeiro passo em direção à distensão internacional, em direção à solução pacífica do problema coreano, à reunificação pacífica da Coreia, mas devemos ter em mente que ainda perdura o perigo real de uma nova guerra.
Por isso, devemos elevar por todos os meios a capacidade combativa do Exército Popular.
Os soldados, classes, oficiais e generais do Exército Popular não devem baixar a guarda nem por um minuto, mas desenvolver ininterruptamente sua preparação técnico-militar e política, dominar perfeitamente o manuseio das armas e dos meios técnicos de combate, aperfeiçoar a arte de comando militar, resumir e estudar a rica experiência da Guerra de Libertação da Pátria e implantar a disciplina e a ordem férreas no Exército para elevar sua capacidade combativa, transformando essa nossa glória em uma muralha inexpugnável e segura para a defesa da pátria. O povo deve orientar todos os seus esforços ao fortalecimento do nosso glorioso Exército Popular, estimar e ajudar os oficiais e soldados do Exército Popular e do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, os feridos na guerra e os desmobilizados, rendendo-lhes honra e respeito.
Devemos elevar a vigilância revolucionária e estar sempre preparados para que o inimigo não altere a paz novamente nem realize aventuras bélicas.
Todo o povo deve consolidar ferreamente a retaguarda.
Sem perder nem um minuto, devemos concentrar as forças de todo o povo para restaurar rapidamente a devastada economia nacional, normalizar a vida da população e consolidar a capacidade de defesa nacional.
Na restauração da economia nacional, devemos direcionar o foco para a indústria.
A orientação principal para restabelecer a indústria reside em superar os defeitos revelados no curso da guerra e na unilateralidade colonial, uma sequela do domínio colonial do imperialismo japonês, reconstruir e expandir preferencialmente a indústria pesada, partindo da necessidade de estabelecer as bases da futura industrialização do país, e desenvolver aceleradamente a indústria leve para normalizar a vida do povo.
Para isso, há que restabelecer e expandir prontamente as indústrias siderúrgica, mecânica, de armamento, mineira, elétrica, química, de materiais de construção, de transporte ferroviário e têxtil.
O restabelecimento e o desenvolvimento rápido da economia rural assumem um significado particular. Para isso, o Governo da República fará todos os esforços.
Neste setor, há que adotar medidas para normalizar e melhorar em pouco tempo a vida dos camponeses que possuem pouca ou infértil terra, difundir amplamente métodos de cultivo avançados, promover em larga escala as tarefas para melhorar as terras, colocar em operação novas terras e novos sistemas de irrigação, garantir que não haja família camponesa sem gado e que se desenvolvam gradualmente as fazendas pecuárias estatais. Assim, devem atingir e exceder, em um ou dois anos, o nível pré-guerra em todos os ramos da economia rural.
Devemos fazer enormes esforços para desenvolver as indústrias pesqueira e silvicultural.
Na educação e na cultura, não apenas há que restaurar todos os institutos e escolas especializadas que existiam antes da guerra, mas elevar também a qualidade do ensino, fundar o Instituto da Economia Nacional para formar muitos quadros na administração estatal e, ao mesmo tempo, tomar medidas para preparar promoções numerosas de quadros reservas. Além disso, há que enviar continuamente estudantes à União Soviética e a outros países de democracia popular e facilitar, aos que acabaram de retornar após concluir seus estudos no exterior, todas as condições possíveis para que possam testar ao máximo suas habilidades. Além disso, dentro de 2 a 3 anos, a educação deve alcançar o nível do pré-guerra, para o qual há que empreender um movimento de todo o povo a fim de restabelecer e construir as escolas primárias e as secundárias básicas e superiores.
A fim de normalizar e melhorar a vida da população, devemos desenvolver em todos os aspectos as empresas estatais e as cooperativas de produção da indústria leve, ajustar os preços nos mercados e adotar medidas para evitar a inflação e restaurar o valor do won.
Para cumprir com êxito estas colossais tarefas de restaurar e desenvolver a economia nacional do pós-guerra, devemos direcionar todos os nossos esforços, mobilizar todos os recursos possíveis para a construção pacífica, sem afrouxar nem no mínimo o estado de alerta e de mobilização em que nos mantivemos durante a guerra. Há que lançar um movimento de todo o povo, de todo o país, para estabelecer a férrea disciplina laboral e a ordem produtiva, aumentar prontamente a produção e incrementar a acumulação estatal.
O povo deve lançar uma ampla campanha para aumentar a produção e diversos movimentos de iniciativa criativa em fábricas e minas, na tarefa de restaurar e construir ferrovias e cidades, no meio rural, em todos os aspectos da restauração e do desenvolvimento da economia nacional do pós-guerra, assim como empreender uma energética luta para superar as dificuldades que surgem nesta tarefa. As dificuldades que nos surgem não provém da nossa estagnação e atraso, mas de nosso crescimento e desenvolvimento, pelo qual podemos e devemos superá-las sem falta. Nosso povo, profundamente consciente de que superar as vicissitudes e contratempos com que tropece no processo de avanço é precisamente o caminho para a vitória, devem superá-los com coragem.
O povo, trabalhando com o mesmo ânimo que manifestou para aniquilar o inimigo na Guerra de Libertação da Pátria, para aumentar a produção, para levar a cabo as tarefas de restauração e construção, deve levantar-se como um só homem para a batalha laboral. Suar muito pela pátria e pelo povo — devemos considerá-lo como a maior honra, motivo de orgulho e dever sagrado.
Com a profunda consciência de que estão reerguendo a pátria, reduzida a escombros pela guerra, todo o povo deve restaurá-la o mais rápido e o melhor possível, há que dedicar todos os nossos recursos humanos e materiais à restauração e ao desenvolvimento da indústria e de outros setores da economia nacional, assim como às construções básicas, sem desperdiçar nem um centavo, nem um grão, nem prego nem fio.
Há que intensificar a disciplina estatal para que se observem consciente e rigorosamente todas as leis, decisões e disposições do Estado e combater implacavelmente a menor expressão de preguiça e frouxidão.
Profundamente conscientes da especial importância que a luta contra os espiões adquire no pós-guerra, devemos elevar a vigilância revolucionária das amplas massas populares e lançar em grande escala, mediante um movimento de todo o povo, a luta para deter e desmascarar os espiões, elementos subversivos e sabotadores, infiltrados em nossas fileiras se aproveitando do caos do período da guerra ou da construção pacífica do pós-guerra, a fim de que nem um único deles atue entre nós.
O triunfo conquistado hoje pelo povo coreano é uma vitória comum do campo democrático internacional, que luta pela liberdade, pela paz e pela independência nacional, assim como uma brilhante vitória da nobre ideia do internacionalismo.
Hoje, esta é uma importante bandeira para o povo coreano, amante de sua pátria. No fragor da feroz guerra pela liberdade e pela independência, o povo coreano experimentou em sua própria pele que o campo socialista e democrático, unido sob a bandeira do internacionalismo, tem um grande potencial e está estreitamente ligado à sua liberdade, independência e futuro feliz.
O apoio e respaldo internacionalistas dos povos dos países irmãos será também um grande incentivo para o povo coreano no trabalho de restabelecer e construir a economia de seu país assolada pela guerra, consolidar a base democrática, lograr a integridade territorial e a reunificação pacífica da pátria.
No futuro, devemos seguir consolidando a amizade e a solidariedade com os povos dos países do campo democrático e levantar no alto a bandeira do internacionalismo.
Toda a população da parte Sul da Coreia deve lutar contínua e tenazmente contra a camarilha de Syngman Rhee, vendedora de nossa pátria e nosso povo para o imperialismo estadunidense, isolando-a por completo das massas populares, continuando a desmascarar a política de escravidão colonial do imperialismo ianque na Coreia, impedir que possa intervir nos assuntos internos do nosso país, e lutar mais resolutamente pela solução pacífica do problema coreano.
Após a guerra, devemos prosseguir a luta pela integridade territorial e a reunificação pacífica da pátria.
A Coreia é uma, a nação coreana é homogênea e a Coreia pertence ao seu povo. Os partidos políticos patrióticos, organizações sociais e o povo patriótico do Norte e do Sul do país — que não querem o fratricídio, mas a integridade territorial e a reunificação da nação —, podem e devem se unir pela reunificação e independência da pátria, acima das diferenças em suas atividades passadas, em seus critérios políticos e crenças religiosas. Todas as pessoas de consciência nacional e todos os partidos e grupos devem entrar em acordo e se agrupar monoliticamente na Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, a fim de lograr por via pacífica este objetivo.
Fortalecer a base democrática da República através do rápido restabelecimento e desenvolvimento da nossa economia nacional no pós-guerra é a tarefa patriótica de todo o povo para promover a grande obra pela integridade territorial e pela reunificação da pátria. Todo o povo deve se levantar como um só homem sob a palavra de ordem: “Tudo pela reconstrução e pelo desenvolvimento da economia nacional do pós-guerra a fim de fortalecer a base democrática!”
Com firme segurança no triunfo definitivo de nossa justa causa pela reunificação pacífica da pátria, todo o povo deve combater bravamente até alcançá-lo.
Para levar à culminação esta missão, todo o povo coreano deve se unir mais firmemente em torno do Governo da República Popular Democrática da Coreia, autêntico governo do povo, e da Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, sob a direção do Partido do Trabalho da Coreia, vanguarda da classe operária e de outros setores do povo trabalhador de nosso país.
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular, guerrilheiros e guerrilheiras;
Bravos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês;
Queridos camaradas:
Conquistamos uma grande vitória histórica em três anos da justa Guerra de Libertação da Pátria.
Este triunfo prova que a política do Governo da RPDC e a orientação da FDRP, cujo núcleo é o Partido do Trabalho da Coreia, força reitora e orientadora do nosso povo, foram justas e contaram com o apoio de todo o povo coreano por refletir seus interesses fundamentais.
Agradeço a todo o povo coreano pela confiança dispensada ao Governo da RPDC, ao PTC e à FDRP.
Permitam-me agradecer, em nome de todo o povo coreano, ao povo soviético e a todos os demais povos revolucionários do campo da paz, da democracia e do socialismo, que apoiaram ativamente e ajudaram fraternalmente nosso povo na Guerra de Libertação da Pátria.
Expresso gratidão ao povo chinês por ter nos enviado o poderoso Corpo de Voluntários, formado por seus melhores filhos e filhas, para nos ajudar no árduo período da Guerra de Libertação da Pátria.
Ofereço minhas calorosas felicitações e gratidão aos heroicos oficiais e soldados do Exército Popular e aos guerrilheiros e guerrilheiras, que defenderam com honra o regime popular democrático da nossa República, a liberdade e a independência do nosso povo contra a invasão imperialista estadunidense, assim como aos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, que nos ajudaram à custa do sangue em nossa Guerra de Libertação da Pátria.
Manifesto minha consideração e felicitação a todos os nossos operários, camponeses, funcionários de escritório, intelectuais, empresários, comerciantes, artesãos e outros setores do povo que asseguraram a vitória na guerra tornando inexpugnável a retaguarda, enfrentando corajosamente todas as dificuldades e obstáculos nos difíceis anos de guerra.
Glória aos oficiais e soldados do Exército Popular, aos guerrilheiros e guerrilheiras, aos oficiais e soldados do Corpo de Voluntários do Povo Chinês, a todos os patriotas caídos no sagrado combate pela liberdade, independência e honra da nossa pátria!
A Coreia pertence ao povo coreano! Coreia para os coreanos!
Marchemos todos adiante para acabar com a intervenção dos imperialistas ianques nos assuntos internos do nosso país, para alcançar o quanto antes a reunificação pacífica da nossa pátria!
Viva a República Popular Democrática da Coreia, gloriosa pátria do nosso povo!
Viva a Frente Democrática para a Reunificação da Pátria!
Viva o glorioso Partido do Trabalho da Coreia, força reitora e orientadora do nosso povo!
Viva a invencível amizade e solidariedade internacionalista entre os povos dos países do campo socialista e democrático!