Queridos compatriotas e irmãos;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular;
Valentes guerrilheiros e guerrilheiras:
Hoje, todo o povo coreano celebra o segundo aniversário da fundação da República Popular Democrática da Coreia, conquista de sua prolongada luta.
Há dois anos, em 9 de setembro de 1948, a Primeira Sessão da Assembleia Popular Suprema aprovou a Constituição da República Popular Democrática da Coreia, proclamou esta República e estabeleceu o Governo.
O povo coreano comemora este aniversário em meio às ardentes chamas da Guerra de Libertação da Pátria, pela independência, liberdade e honra da nação, contra os invasores armados imperialistas ianques e seu lacaio, a camarilha traidora de Syngman Rhee.
Todos os patriotas coreanos, independentemente das diferenças de posição social, profissão, patrimônio, critério político e religião, levantaram-se como um só homem para a Guerra de Libertação da Pátria, para defender a República, estabelecida por suas próprias mãos, para defender os direitos que conquistou.
Nossa República é o primeiro Estado do mundo que um povo liberto do jugo colonial fundou com suas próprias mãos.
Embora tenham passado apenas dois anos desde sua fundação, neste período nosso povo logrou grandes êxitos em sua sagrada batalha pela construção de um Estado independente e democrático.
O caminho percorrido pela nossa República em dois anos de existência não estava coberto de rosas. Foi um caminho de ferozes lutas para superar as dificuldades e vicissitudes e rechaçar os atentados inimigos; foi também um caminho glorioso adornado com brilhantes vitórias.
Desde o primeiro dia, nossa República se viu obrigada a passar por duras provas devido a invasões de reacionários nacionais e estrangeiros encabeçados pelos saqueadores imperialistas ianques. Estes, que perseguem uma política de pilhagem colonial na parte Sul da nossa pátria, e seu lacaio, a camarilha de Syngman Rhee, tentaram estrangular a República no início de seu estabelecimento, agrupando as forças reacionárias do interior e do exterior, e agora perpetram diretamente uma selvagem agressão armada contra ela e o povo coreano.
Nossa República se levantou resolutamente contra a política de escravização colonial dos saqueadores imperialistas e em defesa da independência e da soberania da nação, dos interesses e direitos democráticos do povo. Com o unânime apoio do povo coreano, avança triunfantemente em sua gloriosa causa pela pátria e pelo povo, superando todo tipo de provação.
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular;
Valentes guerrilheiros e guerrilheiras:
Desde o primeiro dia em que os imperialistas ianques ocuparam a parte Sul do nosso país, esforçaram-se desesperadamente para dividir nossa nação, fazer do nosso país uma colônia, devastar a economia nacional, saquear o povo e transformar a Coreia em um trampolim para atacar todo o continente. Para estes propósitos, armaram eleições separadas na Coreia do Sul em 10 de maio de 1948, manipulando seu lacaio, a camarilha vende-pátria de Syngman Rhee, e estabeleceram um regime antipopular, reacionário e policialesco encabeçado por ele.
Em vista de que sobre nossa pátria e nosso povo pairava o perigo da divisão nacional e da escravização colonial, em 25 de agosto de 1948 realizamos eleições gerais no Norte e no Sul, proclamamos a República Popular Democrática e formamos seu Governo conforme a vontade de todo o povo coreano, que ama a pátria e aspira à reunificação e à independência democráticas. Isto foi um grande triunfo do nosso povo na justa luta para realizar seu desejo nacional.
Em seu primeiro dia, o Governo da República promulgou o histórico Programa encaminhado a alcançar a completa reunificação da nossa pátria e transformá-la em um Estado rico e poderoso, independente e democrático.
Este Programa do Governo da República estabelece que, reunindo compactamente todo o povo coreano ao redor do Governo da República, todos os esforços sejam feitos para construir o quanto antes um Estado democrático e unificado, soberano e independente, assegurar a integridade territorial e realizar a reunificação total da nação.
O Programa apresenta a tarefa de ativar a luta para liquidar as nefastas consequências do prolongado domínio colonial do imperialismo japonês na vida política, econômica e cultural do nosso país; castigar pela lei os elementos pró-japoneses e traidores da nação, que renegaram os interesses do povo coreano e ajudaram ativamente os imperialistas japoneses; extirpar da raiz os vestígios de ideias caducas que estes deixaram, e combater energeticamente todas as tentativas dos reacionários de vender novamente nossa pátria aos imperialistas estrangeiros e derrubar o regime democrático do nosso povo.
Além disso, o Programa do Governo da República estipula abolir todas as leis da época do imperialismo japonês, chamadas a escravizar nossa nação, e todas as leis antipopulares e antidemocráticas do governo títere reacionário da Coreia do Sul; estabelece lutar energeticamente para consolidar e desenvolver mais os êxitos de todas as reformas democráticas realizadas na Coreia do Norte, entre outras, a reforma agrária, a nacionalização das indústrias, a Lei do Trabalho e a Lei da Igualdade de Direitos do Homem e da Mulher, e aplicá-las em todo o país.
O Programa do Governo da República apresenta, também, acabar com a dependência e a unilateralidade coloniais da nossa economia e edificar uma economia nacional autossustentada, oposta à política de escravização econômica por monopolistas estrangeiros inclinada a colonizar novamente nossa pátria, para construir na Coreia um Estado democrático, independente, rico e poderoso, incrementar incessantemente o bem-estar material do povo e consolidar a independência política e econômica do país.
Além disso, expõe a tarefa de desenvolver rapidamente o ensino, a cultura e a saúde pública.
O Programa do Governo assinala que o comitê popular é o autêntico poder de todo o povo coreano, sendo uma nova forma de poder estabelecida por sua livre vontade, e que onde está organizado o comitê popular local há que lutar para consolidá-lo mais, e onde, depois de estabelecido, foi dissolvido pelas forças reacionárias, restaurá-lo.
Estipula também que nosso povo se juntará às fileiras dos povos amantes da liberdade, manterá amizade com os países democráticos e defensores da liberdade que respeitem a soberania e a liberdade da nossa nação e desejem estabelecer relações igualitárias conosco e considera inimigos da nossa nação todos os Estados imperialistas que tentam ressuscitar o Japão como um país agressivo imperialista.
Por último, o Programa do Governo da República estabelece que serão feitos os maiores esforços para fortalecer ao máximo o Exército Popular para defender da agressão inimiga o nosso território, os direitos do povo e os êxitos alcançados nas reformas democráticas e impedir que nosso povo sofra novamente o amargo destino de escravo apátrida.
Durante o curto período de dois anos de existência, o Governo da República, com o ardente apoio de todo o povo coreano, obteve grandes êxitos no cumprimento das tarefas históricas incluídas no Programa.
Tendo em mente que nosso país está dividido em Norte e Sul devido à política dos imperialistas ianques, encaminhada a escravizar e colonizar nossa pátria e fragmentar nossa nação, o Governo da República, para estabelecer na parte Norte da Coreia uma poderosa base política e econômica capaz de permitir a reunificação e a independência democráticas da pátria, empreendeu grandes tarefas, como fortalecer mais os órgãos locais de Poder Popular, consolidar e levar adiante os êxitos das reformas democráticas realizadas na parte Norte e assegurar o desenvolvimento acelerado da economia nacional e o florescimento da cultura nacional. Na parte Norte da Coreia, a economia e a cultura nacionais foram reconstruídas e desenvolvidas e o nível de vida material e cultural do povo melhorou substancialmente, e dezenas de milhares de quadros nacionais foram formados. Desta forma, a parte Norte tornou-se uma poderosa base democrática para a reunificação da pátria.
No campo de política externa, o Governo da República Popular Democrática da Coreia canalizou toda a sua energia para elevar seu prestígio internacional, consolidar e desenvolver relações de amizade com os povos de vários países democráticos amantes da paz e fortalecer a solidariedade e cooperação do campo democrático como membro igual. Hoje, nossa República mantém relações diplomáticas com a União Soviética, República Popular da China, Polônia, Checoslováquia, Romênia, Hungria, Bulgária, Albânia, República Democrática Alemã, República Popular da Mongólia e República Democrática do Vietnã; fortalece e desenvolve relações de cooperação e amizade internacionalistas com estes países, além de contar com o fervoroso apoio e respaldo de todos os povos amantes da liberdade, na luta contra os invasores imperialistas dos EUA, incendiários de uma nova guerra.
Desde o primeiro dia, o Governo da República Popular Democrática da Coreia adotou todos os meios e medidas possíveis para alcançar, por via pacífica, a integridade territorial e a reunificação da nação, para construir um Estado unificado, democrático e independente. Manteve invariavelmente a linha pela reunificação pacífica da pátria, para resolver de maneira pacífica este problema da Coreia, após conter os sinistros esforços dos imperialistas estadunidenses e de seu subalterno, a camarilha traidora de Syngman Rhee, direcionados a desencadear uma guerra fratricida e inundar nossa linda terra com sangue, para transformar até o Norte da nossa pátria em colônia dos EUA. A luta para levar à prática a resolução da Conferência de Moscou dos Ministros de Relações Exteriores dos Três Estados, um razoável acordo internacional para a solução do problema coreano; o posterior esforço para estimular os trabalhos da Comissão Conjunta Soviético-Estadunidense; a luta que, após a dissolução desta Comissão, ocorreu quando era necessário plasmar a justa proposição do governo da União Soviética de retirar simultaneamente os exércitos soviético e estadunidense da Coreia e deixar que o povo coreano resolva seus assuntos; a realização, em abril de 1948, da Conferência Conjunta do Norte e do Sul, a proposta de eleições gerais do Norte e do Sul e a luta para efetuá-las; a batalha chamada a pôr em prática as medidas para reunificar a pátria por via pacífica, propostas pela Frente Democrática para a Reunificação da Pátria em junho de 1949; a luta para realizar o apelo feito por esta Frente, em junho de 1950, com o fim de aplicar o quanto antes as medidas mencionadas — tudo isto ateste os sinceros esforços que o Governo da República e nosso povo fizeram para reunificar por via pacífica a pátria e evitar o conflito sangrento que os imperialistas ianques e a traiçoeira camarilha de Syngman Rhee tentavam desencadear contra nossa pátria e nosso povo.
Apesar de nos últimos dois anos os militares e a polícia do fantoche Syngman Rhee, manipulados pelos imperialistas ianques, terem perpetrado em milhares de ocasiões todo tipo de excessos provocativos — invadiam incessantemente as zonas ao Norte do Paralelo 38, sequestravam frequentemente seus habitantes, assaltavam e queimavam casas de camponeses depois de saqueá-las, assassinavam a população inocente, etc., etc. —, o Governo da República demonstrou grande paciência no desejo de evitar a expansão dos confrontos no Paralelo 38 e a tragédia de uma guerra fratricida.
Qual foi, então, a resposta dos imperialistas ianques e da camarilha traidora de Syngman Rhee aos incansáveis esforços desperdiçados pelo Governo da República e pelo povo coreano para dar uma solução pacífica ao problema da Coreia? Seu propósito era fazer fracassar deliberadamente o trabalho da Comissão Conjunta Soviético-Estadunidense para tornar realidade a resolução da Conferência de Moscou dos Ministros de Relações Exteriores dos Três Estados, recusar a justa proposta do governo da União Soviética da retirada simultânea dos exércitos soviético e estadunidense da Coreia, fortalecer o regime antipopular, policialesco e terrorista na Coreia do Sul e perpetrar cruéis atos de massacre e terror sem precedentes contra o patriótico povo coreano. Da mesma forma, à proposta de reunificar a pátria por via pacífica mediante eleições gerais do Norte e do Sul, feita na Conferência Conjunta de Abril pelos representantes dos 56 partidos políticos e organizações sociais do Norte e do Sul da Coreia, que integravam mais de 12 milhões de pessoas, responderam realizando, em 10 de maio de 1948, pérfidas eleições separadas usando a força das baionetas; e à proposta para a reunificação pacífica da pátria, apresentada em duas ocasiões pela Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, respondeu com uma agressão armada surpresa contra a parte Norte da Coreia, provocando uma guerra fratricida e a intervenção direta dos exércitos de terra, mar e ar do imperialismo ianque.
Todo o povo coreano e suas forças armadas, o heroico Exército Popular, que amam sua terra natal, a República Popular Democrática da Coreia, levantaram-se como um só homem com as armas na mão para a Guerra de Libertação da Pátria, contra a camarilha de Syngman Rhee e os invasores armados imperialistas ianques, pela independência, liberdade e honra da pátria.
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs:
Mais de dois meses se passaram desde que começou a Guerra de Libertação da Pátria do povo Coreano contra a camarilha de Syngman Rhee e os invasores armados imperialistas estadunidenses. O povo coreano e suas forças armadas, o heroico Exército Popular, obtiveram honrosos triunfos ressoantes nesta guerra, aniquilando e rechaçando essas tropas invasoras e o exército fantoche de Syngman Rhee. Em mais de dois meses de combates, os bravos oficiais e soldados do nosso Exército Popular dizimaram as unidades principais do exército fantoche de Syngman Rhee e as principais divisões ianques que desembarcaram em nosso território e libertaram vastas regiões da parte Sul da nossa pátria.
Por essas brilhantes vitórias alcançadas na justa Guerra de Libertação da Pátria, nosso Exército Popular goza do afeto e respeito de todo o povo coreano e de todos os povos amantes da liberdade. Por ocasião do segundo aniversário do estabelecimento da República Popular Democrática da Coreia, agradeço, em nome do Governo da República, aos oficiais e soldados do heroico Exército Popular e aos guerrilheiros e guerrilheiras que defendem a independência, a liberdade e a honra da pátria em ferozes batalhas contra o inimigo.
Hoje, nosso Exército Popular, na verdade, não luta contra o exército fantoche de Syngman Rhee, mas contra os invasores armados imperialistas ianques, caudilhos do imperialismo mundial. As unidades sobreviventes do exército fantoche de Syngman Rhee, destruídas e aniquiladas pela ofensiva das unidades do Exército Popular, não têm força nem capacidade para conter seu impetuoso avanço. Em pouco mais de dois meses de combate, o exército fantoche de Syngman Rhee perdeu a massa fundamental de seus efetivos humanos e a maioria de seus meios de fogo. Agora, serve apenas de máscara para encobrir os atos de agressão armada dos imperialistas estadunidenses.
Os mercenários, vendidos por dólares aos monopolistas dos EUA, que buscam agredir o território de outro país, violar a independência e a liberdade de outra nação para subjugá-la, foram despachados para o outro lado do mundo em grande número, saldando os infortúnios e as catástrofes que causaram ao nosso país. Como reportou há dias o Quartel General Supremo do Exército Popular da Coreia, em dois meses de combate o nosso heroico Exército Popular matou 15.176 soldados das tropas terrestres do agressor imperialista ianque, feriu 45.000 e fez 1.736 prisioneiros.
Quanto mais durar a invasão armada do imperialismo contra o nosso país, mais se intensificará a ofensiva do heroico Exército Popular para desferir golpes devastadores e, consequentemente, maior será o número de mercenários do imperialismo ianque que sucumbirão em nosso território pátrio.
Na luta contra os agressores armados imperialistas estadunidenses, não apenas participa o Exército Popular, mas também todo o povo coreano. Na retaguarda, nosso povo luta com abnegação, sacrificando até a vida para garantir a vitória na frente, para ajudar o Exército Popular que trava duras batalhas contra o inimigo pela honra da pátria. Por ocasião do segundo aniversário da proclamação da República, permita-me prestar homenagem de gratidão e honra a todos os habitantes da retaguarda, que revelam ímpar e inaudito heroísmo e abnegação patriótica para garantir a vitória na frente.
Atualmente, o Governo da República Popular Democrática da Coreia não apenas domina a parte Norte da Coreia, mas também todas as regiões da parte Sul, exceto uma pequena parte das províncias de Kyongsang do Sul e do Norte. Agora, cerca de 95% da superfície total do nosso país e 97% da população estão coesamente unidos sob a bandeira da gloriosa República Popular Democrática da Coreia. A população sul-coreana, que, emancipada já da opressão, pobreza, escuridão e privação de direitos, recuperou sua liberdade e seus direitos, embarcou, juntamente à população norte-coreana, no caminho da digna luta pela prosperidade da pátria, por sua própria felicidade.
Quero aproveitar esta oportunidade para felicitar toda a população sul-coreana que escapou do domínio reacionário dos imperialistas ianques e da gangue de Syngman Rhee.
Também a população sul-coreana emancipada se levantou unanimemente em defesa da República e ajuda ativamente o Exército Popular em ofensiva.
Nas áreas libertadas, foram restabelecidos os comitês populares, autênticos órgãos do Poder popular — que, logo após de constituídos por iniciativa do povo, foram dissolvidos pela repressão do imperialismo ianque e da camarilha de Syngman Rhee —, e estão sendo realizadas com sucesso eleições para os comitês populares de condado, distrito e comuna.
Os eleitores do Sul participam ativamente nas eleições com um alto espírito político e entusiasmo patriótico nunca visto durante o domínio de Syngman Rhee. A população sul-coreana não demonstrava nenhum interesse por votar para os organismos do governo, que estavam destinados a oprimi-lo. Hoje, porém, elegendo seus órgãos de poder por sua própria vontade, é natural que demonstre entusiasmo político extraordinariamente alto.
Nas eleições para os comitês populares de condado, subcondado e comuna (bairro) efetuadas nas áreas libertadas da parte Sul, 97-98% do número total de eleitores participaram. Esta é uma prova tangível do entusiasmo com que a população sul-coreana participou nas eleições para seus organismos de poder, e de seu ardente apoio ao Governo da República.
Lá, foram realizadas uma após a outra as mesmas reformas democráticas realizadas na parte Norte. Para tornar realidade o anseio secular dos camponeses, é realizada a reforma agrária sobre a base do princípio de confisco e distribuição gratuita das terras, assim como se aplica a Lei do Trabalho para trabalhadores e empregados.
Como resultado da reforma agrária, também os camponeses sul-coreanos se tornaram donos da terra e se libertaram por completo das garras do jugo e da exploração pelos senhores, da miséria e da escuridão, da privação de direitos e de humilhações. Com esta reforma, muitas terras expropriadas do governo títere de Syngman Rhee, do imperialismo ianque e dos proprietários de terras foram distribuídas gratuitamente a trabalhadores agrícolas e camponeses com pouca ou nenhuma terra. Na província de Kyonggi, 156.824 hectares de terra foram distribuídos entre 214.115 famílias camponesas; na província de Kangwon da parte Sul, 35.293 hectares foram entregues a 74.789 famílias; e na província de Chungchong do Sul, até 31 de agosto, 95.241 hectares foram distribuídos entre 216.980 famílias. Em todas as províncias da parte Sul, a reforma agrária é concluída exitosamente graças à participação entusiástica dos camponeses e sua ativa luta contra os senhores de terras e a camarilha de Syngman Rhee.
Todas as reformas democráticas que o Governo da República realiza nas áreas libertadas do Sul são fervorosamente apoiadas por seus habitantes.
A população sul-coreana, que agonizava sob a dominação antipopular, reacionária e policialesca do imperialismo estadunidense e da gangue vende-pátria de Syngman Rhee, participa ativamente, juntamente à norte-coreana, na Guerra de Libertação da Pátria para aniquilar e expulsar do nosso solo os invasores armados ianques e a camarilha de Syngman Rhee. Combatendo-os valentemente com armas nas mãos, estão centenas de milhares de jovens patriotas sul-coreanos que ingressaram voluntariamente no Exército Popular e no Corpo Popular de Voluntários.
A guerra que travamos hoje contra os invasores armados imperialistas ianques é uma guerra justa de todo o povo para libertar a pátria, guerra na qual participa não apenas o Exército Popular, mas também toda a população.
Com o tempo, os invasores armados imperialistas ianques experimentarão cada vez mais a força demolidora do nosso povo, de pé para lutar contra eles.
Eles tentam encobrir suas ações militares agressivas contra nossa pátria com a bandeira da ONU, alegando uma resolução do Conselho de Segurança adotada ilegalmente sem a participação dos delegados da União Soviética, da República Popular da China e do povo coreano.
Como todos sabem, a ONU foi instituída com a missão de fazer respeitar a integridade territorial de cada país e a independência, a liberdade e a soberania de cada nação e de preservar a paz e a segurança no mundo. No entanto, os imperialistas ianques a usam para seus fins agressivos, para violar o território, a independência, a liberdade e a soberania de outros países, por meio do mecanismo de votação de seus seguidores vendidos por dólares. Se a ONU quer, realmente, respeitar a independência e a soberania de todas as nações e preservar a paz e a segurança, deve parar imediatamente as ações agressivas que os bandidos imperialistas ianques estão perpetrando em nossa pátria e os selvagens bombardeios de seus aviões contra nossas cidades e vilarejos pacíficos.
Recentemente, por iniciativa da Frente Democrática pela Reunificação da Pátria, foi publicada a “Declaração do Povo Coreano”, que exigia ao Conselho de Segurança da ONU tomar medidas para pôr fim sem demora aos atos bélicos dos invasores imperialistas ianques em nosso solo pátrio e fazê-los se retirar imediatamente. Esta declaração foi assinada por mais de 13 milhões de coreanos com mais de 15 anos. Se a ONU não quer ser um instrumento agressivo a serviço do imperialismo ianque e respeita os direitos e a liberdade do povo coreano, deve ouvir suas razões e apoiá-las, interrompendo a agressão armada dos imperialistas ianques.
Os invasores armados imperialistas ianques e seus lacaios devem ter em mente que nossa Coreia não pertence, como a Califórnia, aos Estados Unidos, mas ao povo coreano, que está firmemente determinado a oferecer até a última gota de sangue para salvaguardar a independência, liberdade e a honra de sua pátria, e que a vitória está do lado do povo coreano, que empreende uma guerra justa.
Os invasores armados imperialistas ianques, alegando que seus delitos contra nossa pátria são “ações policiais da ONU”, tentam encobrir e falsificar, diante do povo de seu país e da opinião pública mundial, as tremendas perdas, vicissitudes e crises que sofrem na guerra coreana. Quem poderá considerar como “ações policiais da ONU” as flagrantes operações militares que já lhes custaram mais de 15 mil mortos em apenas dois meses de guerra? O quartel-general de MacArthur reporta, orgulhosamente, que diariamente despeja milhares de toneladas de bombas sobre nossos vilarejos e cidades pacíficos, sobre habitantes inocentes, e Truman, MacArthur e Acheson, maníacos de guerras e caudilhos da agressão, cinicamente chamam isso de “ação policial da ONU”.
Os invasores armados imperialistas ianques colocam em prática seu plano predatório elaborado minuciosamente há muito tempo para subjugar e massacrar o povo coreano por meio das armas e chantagens, transformá-lo em escravo, submetê-lo à miséria e à fome e devastar a economia do nosso país.
Devido aos desumanos bombardeios aéreos e navais dos piratas ianques, numerosas cidades do nosso país, como Chongjin, Wonsan, Nampho, Taejon e Wonju, foram destruídas, centenas de milhares de vilarejos foram reduzidos a cinzas e um incontável número de habitantes pacíficos foram selvagemente assassinados. Os agressores armados imperialistas ianques devastaram um grande número de empresas industriais em nosso país. Estes bandidos assolaram muitas fábricas e empresas, como a Fábrica de Fertilizantes de Hungnam, a Fábrica de Vidro de Nampho, a Fábrica de Tabaco de Pyongyang, a Fábrica de Processamento de Cereais de Pyongyang, a Fábrica de Fundição de Metais não Ferrosos de Nampho, a Fábrica de Fundição de Ferro de Hwanghae e a Fábrica de Aço de Chongjin, que eram o orgulho do nosso país.
Embora tenham sido capazes de transformar nossas cidades, vilarejos e empresas industriais em ruínas, nunca poderão tirar do povo coreano sua liberdade, independência e soberania. O povo coreano nunca esquecerá as atrocidades que os agressores armados imperialistas estadunidenses cometeram na Coreia, mas os odiará eternamente, geração após geração.
Os bárbaros bombardeios contra nossa pátria e povo lhe renderam um ódio e indignação implacáveis, e motivaram até mesmo algumas personalidades que o adoravam a entenderem sua natureza.
O povo coreano estava diante de duas alternativas: mansamente tornar-se escravo colonial ou lutar para salvaguardar a independência, a liberdade e a honra da pátria. Todo o povo coreano, amante de sua pátria, não hesitou em escolher a segunda. Junto com suas forças armadas, o heroico Exército Popular, mobilizou-se em uníssono para alcançar o triunfo final na Guerra de Libertação da Pátria contra os invasores armados imperialistas ianques. Os oficiais e soldados do Exército Popular, demonstrando ímpar valentia e patriotismo em ferozes combates derrotam irremediavelmente o inimigo, enquanto o povo empreende na retaguarda heroísmo e abnegação patriótica a fim de garantir a vitória na frente. Nosso Exército Popular é inigualavelmente corajoso e nosso povo é heroico.
Em dois meses de guerra, os oficiais e soldados do nosso Exército Popular acumularam rica experiência e adquiriram hábil capacidade combativa para surpreender o inimigo por sua retaguarda, aniquilá-lo nos cercos, e derrotá-lo com maior eficácia. Hoje, nosso Exército Popular tornou-se mais poderoso e é capaz de dar golpes fatais no inimigo. Dois meses de combate demonstraram que é mais forte que as tropas invasoras do imperialismo ianque, e nossos oficiais, vindos do povo, muito superiores aos do inimigo.
Os agressores armados imperialistas ianques, para justificar suas ações, chamam de “agressor” o povo coreano, que está lutando pela independência, liberdade e honra de sua pátria. Isto nos lembra dos antigos ditos, equivale a “Um ladrão acusar a vítima” e “De tão absurdo, faz um boi rir e romper o cabresto”.
Segundo a lógica dos bandidos ianques, o povo coreano, que se levantou para proteger a independência, a liberdade e os direitos de sua pátria contra o ataque de invasores armados do outro lado do oceano, são “invasores”; enquanto os saqueadores colonialistas que, mobilizando suas forças terrestres, marítimas e aéreas, agridem outro país, violam os direitos e a liberdade de outra nação, bombardeiam selvagemente cidades e vilarejos pacíficos e assassinam em massa a população inocente são “defensores da paz e da caridade”.
A essência da “filosofia” made in USA, com a qual os imperialistas ianques definem o agressor, foi claramente revelada também na confissão de Kim Hyo Sok, ex-“ministro de assuntos internos” do governo fantoche de Syngman Rhee. Revelou que quando, em abril de 1949, visitou juntamente a Beard — um conselheiro estadunidense de assuntos policiais do governo fantoche de Syngman Rhee —, a “embaixada dos Estados Unidos na Coreia do Sul”, o embaixador ianque Muccio, depois de trocar umas palavras de protocolo, disse: “Política é força. Quando uma força colide com outra, não há necessidade de discriminar meios e métodos. O forte vence e o débil perde. A vitória é boa; a derrota é má.”
Os imperialistas ianques não serão capazes de justificar com nenhum argumento suas ações agressivas ao desencadear, instigando a camarilha de Syngman Rhee, uma guerra fratricida, segundo um detalhado plano preparado durante muito tempo, e ao iniciar uma intervenção armada direta contra nossa pátria e nosso povo.
Como poderão explicar seu mapa militar estratégico traçado com a camarilha de Syngman Rhee para a “expedição ao Norte”, publicado na imprensa, e os acordos concluídos com o mesmo objetivo em fevereiro do mesmo ano entre MacArthur e Syngman Rhee em Tóquio, Japão? Como poderão encobrir os sinistros propósitos das sucessivas visitas, desde fevereiro deste ano, de parlamentares, missões diplomáticas e delegados do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, bem como a visita de Dulles à Coreia do Sul nas vésperas do início da chamada “expedição ao Norte” e sua inspeção do Paralelo 38 e das trincheiras do exército títere de Syngman Rhee em suas proximidades? Como expressara o delegado soviético Malik em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, ninguém acreditará que Dulles esteve nessas trincheiras para colher lírios.
Para expor como o traidor Syngman Rhee preparou a guerra fratricida, sob a manipulação direta do imperialismo ianque, desejo citar uma frase de sua carta confidencial dirigida em 10 de abril de 1949 a seu "enviado especial" Jo Pyong Ok, que foi descoberta em um cofre de documentos secretos de Syngman Rhee: “Creio que você deverá discutir este assunto, a portas fechadas e com franqueza, com distintas personalidades das Nações Unidas e dos Estados Unidos da América. Anuncie em sigilo absoluto nosso plano para a reunificação. De fato, já estamos preparados para a reunificação, mesmo que seja agora mesmo, em todos os aspectos, exceto um: faltam armas e munições... Antes de empreender esta operação, precisamos de dois navios de guerra de 8 mil toneladas cada um e dotados de canhões de calibre 18 polegadas, para defender os rios Amnok e Tuman. Precisamos também de guardas costeiros de alta velocidade para proteger as costas do movimento comunista clandestino, 200 mil efetivos militares organizados e treinados para guardar a fronteira norte e aviões e canhões antiaéreos para a defesa. Necessitamos de tudo isto agora mesmo”. Em outra carta enviada a Robert Oliver em 30 de setembro de 1949, Syngman Rhee escreve: “Recebi suas cartas e obrigado por elas… Gostaria de ter frequentes oportunidades para trocar opiniões sobre o desenvolvimento da situação aqui e nos Estados Unidos... Gostaria de descrever-te brevemente nossa situação. Estou convencido de que estamos no momento mais propício para iniciar o ataque… Deveríamos encurralar as tropas de Kim Il Sung nas zonas montanhosas e forçá-las a passar fome com o passar do tempo. Se tudo correr assim, nossa linha de defesa será fixada nos rios Amnok e Tuman. Então, nossa situação melhorará em cem por cento. A linha defensiva natural, demarcada por estes rios e pelo monte Paektu, será quase intransitável, se contarmos com suficiente número de aviões, dois ou três guardas costeiras de alta velocidade nas fozes desses rios e caças para defender todas as linhas costeiras incluindo a ilha Jeju... Estou seguro de que poderíamos resolver este problema em muito pouco tempo, se permitem fazê-lo.”
Em resposta a esta carta, em 12 de outubro de 1949, Jo Pyong Ok, enviado especial de Syngman Rhee que, na época, permanecia em Lake Succes, remeteu-lhe a seguinte carta confidencial: “Li com grande atenção e interesse sua carta enviada ao doutor Oliver referente à questão da reunificação. Considero que nas condições atuais, a proposta apresentada em sua carta constitui o único meio conveniente e definitivo para realizar nosso desejo, a reunificação. Mas, tendo em conta todos os fatores, considero que ainda não chegou o momento mais propício para pôr em prática este plano. Sobretudo, duvido muito do estado de nossa preparação e a opinião pública internacional não apoiará nossas ações... Discuti o problema com o embaixador Jang e o doutor Oliver; concordamos que sua proposta deve ser considerada como o plano principal do nosso governo, plano que devemos cumprir sem falta quando estivermos preparados e chegar o momento adequado”.
Estes documentos secretos atestam que os imperialistas ianques e a camarilha de Syngman Rhee há muito vinham forjando a “expedição ao Norte” e a guerra fratricida. Hoje, quando estes documentos secretos são mostrados ao mundo, acusando sua longa preparação para atacar o Norte da Coreia, não podem mais encobrir sua natureza agressiva.
Queridos compatriotas, irmãos e irmãs;
Heroicos oficiais e soldados do Exército Popular;
Valentes guerrilheiros e guerrilheiras:
A Guerra de Libertação da Pátria do povo coreano contra o invasor armado imperialista ianque entrou em sua fase decisiva. Os inimigos estão completamente cercados por três lados, encurralados na área estreita dentro da linha de Kyongju, Yongchon, Taegu, Changnyong, Masan e Jinhae. Não lhes resta outra saída senão o estreito da Coreia.
Na tentativa de escapar da iminente derrota, o inimigo resiste desesperadamente mobilizando todos os seus efetivos terrestres, marítimos e aéreos e todos os seus meios de fogo.
Mas sua resistência será esmagada pela ofensiva do nosso heroico Exército Popular e, em um futuro não distante, será dizimada e expulsada de nosso solo pátrio.
Quanto mais próxima fica a hora da sua derrota, mais desesperadamente o inimigo agirá, e quanto mais o encurralemos na zona estreita, mais ele resistirá.
Portanto, todos os oficiais e soldados do Exército Popular e os guerrilheiros devem lutar com mais coragem e heroísmo, dizimar implacavelmente o inimigo que tentar resistir, intensificando a ofensiva e o ataque surpresa. Vocês devem saber aproveitar eficientemente cada bala e cada obus, e não desperdiçá-los; proteger bem suas vidas e armas dos ataques aéreos inimigos; aproximar-se mais das posições do inimigo à medida que intensifique seus ataques aéreos, quebrá-las astuciosamente e penetrar na profundidade de sua retaguarda e mais profundamente em sua defesa, cercá-lo e aniquilá-lo.
Oficiais e soldados do Exército Popular, guerrilheiros e guerrilheiras: os corpos de crianças e mulheres assassinadas cruelmente pelos selvagens e indiscriminados bombardeios aéreos e navais dos imperialistas ianques, as cidades e vilarejos em chamas pedem-te vingança. A cada passo que deem, devem sentir mais ódio, indignação e sede de vingança pelos bárbaros bombardeios, pelas atrocidades dos piratas imperialistas ianques contra nossa pátria e nosso povo, devem combater mais valentemente, mais impiedosamente o inimigo. Devem esmagar e expulsar o quanto antes todos os invasores armados estadunidenses do nosso solo pátrio e coroar com brilhantes vitórias a honrosa Guerra de Libertação da Pátria.
Para satisfazer a tempo as crescentes demandas da frente e assegurar a vitória, todos os habitantes consolidarão mais a retaguarda, reconstruirão prontamente as estradas e pontes que o inimigo destruiu, produzirão mais materiais bélicos e cereais e intensificarão a ajuda às famílias dos militares do Exército Popular.
Trabalhadores fabris produzirão mais armas, munições e obuses; os do transporte levarão a tempo, sem perder nem um minuto, os materiais bélicos à frente; os camponeses recolherão os cereais e pagarão sem demora o imposto em espécie, desafiando os ataques aéreos do inimigo, para fornecer mais comida à frente e à retaguarda.
Além disso, todos os habitantes da retaguarda, aguçando mais a vigilância, devem detectar a tempo os agentes do inimigo e os elementos subversivos e sabotadores e descarregar sobre eles todo o peso da lei e decretos do tempo de guerra.
Nosso povo não está sozinho na luta contra os invasores imperialistas ianques e seu lacaio, a quadrilha de Syngman Rhee. Nesta justa luta para defender a independência, a liberdade e a honra da pátria, desfruta do ardente apoio e respaldo internacional dos povos da União Soviética, dos países democráticos populares, e de todos os povos amantes da paz. Este apoio e respaldo internacionais são um grande estímulo à nossa luta e inspiram nosso povo com a convicção na vitória. A vitória será do povo coreano, que se levantou para uma justa luta.
Glória ao heroico povo coreano, aos valentes oficiais e soldados de suas forças armadas, o Exército Popular, e os guerrilheiros e guerrilheiras que se levantaram para a honrosa luta contra os invasores armados imperialistas ianques!
Adiante para aniquilar e expulsar o quanto antes de nosso solo pátrio todos os intervencionistas armados imperialistas ianques e seus lacaios da camarilha de Syngman Rhee, que pisoteiam a independência, a liberdade e a honra da nossa pátria e os direitos do nosso povo!
Viva o povo coreano unido sob a bandeira da República Popular Democrática da Coreia!
Viva o heroico Exército Popular, forças armadas do povo coreano!
Viva a República Popular Democrática da Coreia!