Acçons que "Devem ser feitas" e que "Não devem ser feitas"

Ho Chi Minh

5 de Abril de 1948


Observação: Texto em Galego

Fonte: Biblioteca Marxista em Galego

Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.

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A naçom descansa no povo.

Para a resistência e a reconstruçom nacionais, as forças essenciais residem no povo. Por isso, nas suas relaçons ou a sua vida comum com o povo, todos os combatentes do exército, todos os quadros, quer trabalhem nos organismos do governo, quer nas organizaçons populares, devem lembrar e pôr em prática estes doze pontos:

Seis acçons que “nom devem ser feitas”

1. Nom fazer nada que puder prejudicar as ortas, terrenos e culturas da populaçom; nom sujar nem danificar as suas casas e os seus imóveis.

2. Nom insistir de mais em comprar ou pedir o que a gente nom quer vender nem emprestar.

3. Nom levar aves vivas à casa dos nossos compatriotas montanheses (1) .

4. Nom faltar nunca à nossa palavra.

5. Nom atentar contra as crenças ou costumes populares, nom deitar-se ante o altar dos antepassados, nom pôr os pés sobre o lar, nom tocar música em casa, etc.

6. Nom fazer nem dizer nada que puder fazer acreditar aos habitantes que os desprezamos.

Seis acçons que "devem ser feitas"

1.       Ajudar efectivamente a populaçom nos seus trabalhos quotidianos (colheita, recolha de lenha, transporte de água, consertos,...)

2.       De acordo com as suas possibilidades, realizar compras para a gente que mora longe do mercado (comprar-lhe facas, sal, agulhas, fio, penas, papel,...)

3.       Nas horas de lazer, contar anedotas alegres, simples e úteis par a resistência, sem atraiçoar os segredos da defesa nacional.

4.       Ensinar o alfabeto e as noçons da higiene mais simples.

5.       Estudar os costumes regionais para compreendê-los bem, em primeiro lugar para ganhar a simpatia dos habitantes, logo a seguir para explicar-lhes a pouco e pouco por que é que é conveniente ser-se menos supersticioso.

6.       Fazer sentir à populaçom que somos sérios, trabalhadores, disciplinados

Poema de propaganda

Nestes doze pontos 
Por acaso há algo de extraordinário? 
Todo aquele que for um bocado patriota 
Nom os esquecerá. 
Fagamos deles um hábito 
Para todos e cada um. 
Um povo e um exército valorosos 
Nom conhecem nada impossível. 
A raiz torna sólida a árvore, 
O palácio de toda vitória 
É construído sobre o povo inteiro.


Notas de rodapé:

(1) Entre as minorias nacionais, o costume proíbe introduzir um galo (ou um polo) vivo em casa, por medo a que um trasgo meléfico esteja oculto no animal. Ao invés, a música pode fazer sair os “bons espíritos” que protegem o lar. (retornar ao texto)

Inclusão