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Hoje muitos pensam que o marxismo é complicado; Esta impressão é reforçada aliás polos adversários do socialismo. Muitos intelectuais que se dizem «marxistas» encorajam este mito: cultivam deliberadamente frases escuras e místicas expressões para dar a impressão de possuirem um conhecimento negado aos outros.
Portanto não é nada surpreendente que muitos socialistas, que trabalham quarenta horas por semana na fábrica, nas minas ou escritórios pensem que nunca terão nem tempo nem oportunidade para entendê-lo.
De facto, as ideias básicas do marxismo são extremamente simples. Permitem compreender, como nenhuma outra teoria, a sociedade em que vivemos. Explicam as crises econômicas, porque há tanta pobreza em meio de tanta riqueza, os golpes de estado e as ditaduras militares, porque as maravilhosas inovações tecnológicas levam milhões de pessoas para o desemprego, porque as “democracias” toleram os torturadores.
Enquanto isso, os ideólogos burgueses, que tanto desnaturam as ideias marxistas, dão voltas num mundo que não entendem e menos ainda explicam. Contudo, se o marxismo não é difícil, apresenta um problema para quem toma contato com Marx pola primeira vez. Ele escreveu há mais de cem anos. Usou a linguagem do seu tempo, com referências a acontecimentos e pessoas da sua época, que eram então familiares a quase toda a gente mas que não são conhecidos hoje em dia, a não ser os historiadores especializados.
Lembro da minha perplexidade quando, ainda na escola, tentei ler o seu livro “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”. Não sabia nem o que significava Brumário nem quem era Luís Bonaparte.
Quantos socialistas não terão abandonado as suas esperanças de compreender o marxismo após tais experiências? Esta é a razão para este livro: fornecer uma introdução às ideias marxistas. Isso tornará mais fácil para os socialistas compreender sobre o que falava Marx, e entender o desenvolvimento do marxismo sob os cuidados de pessoas como Engels, Luxemburgo, Lénine, Trotski e outros menos conhecidos.
No final desta brochura há uma lista de clássicos da tradição marxista que permitem ir mais longe.
Inclusão | 10/08/2010 |