(1862-1950): Filosofo, fisiólogo e psiquiatra;, professor de filosofia em Halle; editor do Monatsschrift fur Psychologie und Neurologie. Idealista eclético e, posteriormente, o principal representante da filosofia imanente e da dos sensualistas, que toma como ponto de partida a psicologia fisiológica. Sua filosofia constitui o que há de mais confuso no ecletismo alemão e, ao mesmo tempo, traduz-se em nítido exemplo do baixo nível da moderna filosofia alemã. Ziehen inventa uma multidão de novos vocábulos (“bio-monismo”, “gignomeno”, “koinada” e outros monstros ainda) e mesmo novos sinais, porque o arsenal dos que possui a matemática parece-lhe insuficiente. Se se quer caracterizar do modo mais preciso esse produto filosófico único, o melhor é colocar Ziehen entre os solipsistas. O próprio Ziehen escreve a proposito da sua complicação: “É muito difícil dar um nome a essa (à sua, M L.) teoria do conhecimento ou classificá-la entre uma das correntes predominantes” (A teoria do conhecimento sobre a base psicofisiológica e física, 1913): Por isso, contenta-se em qualificar a sua filosofia de “cética “positivista” (no sentido de Avenarius e Mach), “sensualista”, imanente “panpsíquica” (a palavra comum panpsíquica não satisfaz nosso grande reformador), “idealista”. A base de sua teoria do conhecimento é formada pelos “gignomenos” (termo de origem grega, significando vir-a-ser), “elementos” que não são outra coisa senão complexos de sensações, mas que, ao mesmo tempo, não são “nem psíquicos e nem físicos”. Obras principais: Psycho-physiologische Erkenntnistheorie, (A teoria psicofisiológica do conhecimento), 1907; Leitfaden der physiologischen Psychologie, (Manual de psicologia fisiológica), 1911; Über die allgemeinen Beziehungen zwischen Gehirn und Seelenleben, (Sobre as relações gerais, entre o cérebro e a vida da alma), 1912; Erkenntnistheorie auf psycho-physiologischer und physikalischer Grundlage, (A teoria do conhecimento sobre a base psicofisiológica e física), 1913; Zum Gegenwdrtigen Stand der Erkenntnistheorie, (Da situação atual da teoria do conhecimento), 1914; Grundlagen der Psychologie, (As bases da psicologia), 1915; Lehrbuch der Logik auf positivischer Grundlage, (Manual de lógica sobre uma base positivista), 1920, e Grundlagen der Naturphilosophie, (Os fundamentos da filosofia da natureza), 1922.