(1896-1986): Físico-químico e educador russo e soviético, um dos fundadores da física química. Ele fez uma contribuição significativa para o desenvolvimento da cinética química. O primeiro soviético a receber o Prêmio Nobel, o único soviético a receber o Prêmio Nobel de Química (1956). Acadêmico da Academia de Ciências da URSS (1932, membro correspondente desde 1929). Duas vezes Herói do Trabalho Socialista (1966 e 1976). Em julho de 1913, ingressou no departamento de matemática da Faculdade de Física e Matemática da Universidade de Petrogrado. Ele se formou na universidade em 1917, recebendo um diploma de primeiro grau, e foi mantido na universidade como professor. De setembro de 1918 a março de 1920, trabalhou na Universidade de Tomsk e no Instituto de Tecnologia de Tomsk - no laboratório do Departamento de Física. Em setembro de 1919, foi mobilizado para o exército Kolchak da Guarda Branca e foi transferido primeiro para a divisão de artilharia de Tomsk e, um mês depois, foi transferido para o batalhão de rádio e destacado para o Instituto de Tecnologia, onde continuou sua pesquisa científica. Em dezembro de 1919, Tomsk foi ocupada pelo Exército Vermelho e o batalhão de rádio incorporado ao mesmo. No final de janeiro de 1920, a pedido da administração da Universidade de Tomsk, ele foi dispensado do serviço no Exército Vermelho e continuou seu trabalho científico e de ensino. A partir de 1928, foi professor em tempo parcial no Instituto Politécnico de Leningrado, onde trabalhou até sua transferência para Moscou. De 1928 a 1932 - vice-diretor da Faculdade de Física e Mecânica, iniciador da organização da especialização em física química no Instituto. A partir de 1927, foi o chefe do setor de física química da Faculdade de Física e Tecnologia, com base no qual, em 1931, fundou o Instituto de Física Química da Academia de Ciências da URSS e foi seu diretor permanente até o fim de sua vida. Em 1929, foi eleito membro correspondente e, em 1932, membro titular da Academia de Ciências da URSS. A partir de 1944, começou a lecionar na Universidade Estadual de Moscou. Em 1944, organizou o Departamento de Cinética Química na Faculdade de Química da Universidade de Moscou, que chefiou por mais de 40 anos. Foi um dos fundadores do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou em 1946 - o criador e chefe científico do Departamento de Física Molecular e Química desse instituto. Nas décadas de 1940 e 1950, ele participou do projeto atômico soviético. Em 1947, filiou-se ao PCUS, foi candidato a membro do Comitê Central do PCUS de 1961 a 1966 e foi eleito três vezes deputado do Soviete Supremo da URSS. Em 12 de junho de 1966, foi eleito deputado da sétima convocação do distrito eleitoral nº 512 de Sterlitamak. Ele ocupou os cargos de Acadêmico-Secretário do Departamento de Ciências Químicas da Academia de Ciências da URSS (1957-1971), Vice-Presidente da Academia de Ciências da URSS de 4 de julho de 1963 a 28 de maio de 1971. Participou ativamente do movimento de cientistas contra a ameaça de guerra nuclear. Ele estava entre os acadêmicos da Academia de Ciências da URSS que, em 1973, assinaram uma carta de cientistas ao Pravda condenando "o comportamento do acadêmico Andrei Sakharov". A carta acusava Sakharov de ter "feito uma série de declarações denegrindo o sistema estatal, a política externa e interna da União Soviética", e os acadêmicos avaliaram suas atividades de direitos humanos como "denegrindo a honra e a dignidade de um cientista soviético". Suas principais realizações científicas incluem a teoria quantitativa das reações químicas em cadeia, a teoria da explosão térmica e a combustão de misturas de gases. Semenov recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1956 (juntamente com Cyril Hinshelwood) pelo desenvolvimento da teoria das reações em cadeia.