(1895-1975): Nasceu em São Bento do Sapucaí (SP). Jornalista. Em 1918, iniciou-se na política participando da fundação do Partido Municipalista, que reunia líderes de municípios do Vale do Paraíba. Realizava, então, conferências em defesa da autonomia municipal. Durante a década de 20, dedicou-se essencialmente às atividades literárias. Em 1927 publicou Literatura e Política, obra em que expressava idéias nacionalistas de cunho fortemente antiliberal e agrarista. Em 1928, elegeu-se deputado estadual, em São Paulo. Em 1930, viajou ao Oriente Médio e à Europa. Na Itália, impressionou-se com o fascismo e com Mussolini. Fundou a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), que reunia intelectuais simpáticos ao fascismo. Meses depois, divulgou o Manifesto de Outubro, no qual apresenta as diretrizes básicas de uma nova agremiação política - a Ação Integralista Brasileira (AIB). O ideário da AIB inspirava-se nitidamente no fascismo italiano e em seus similares europeus. Valorizava, ainda, uma série de rituais e símbolos, como a utilização da expressão indígena Anauê como saudação, a letra grega sigma (S) e os uniformes verdes com os quais seus militantes desfilavam pelas ruas. Em fevereiro de 1934, no I Congresso da AIB, em Vitória (ES), Plínio confirmou sua autoridade absoluta sobre a entidade e recebeu o título de "chefe nacional". Em 1937, Plínio lançou sua candidatura à eleição presidencial marcada para janeiro do ano seguinte. Percebendo a intenção de Vargas de cancelar a eleição e continuar no poder, resolveu apoiar a opção golpista do presidente esperando fazer do integralismo a base doutrinária do novo regime. Reuniu-se, então, com líderes militares golpistas e com o próprio Vargas, que lhe teria prometido o Ministério da Educação no novo governo. Em novembro, retirou sua candidatura a presidente e, dias depois, aplaudiu a decretação do Estado Novo. Para sua surpresa, porém, Vargas decretou o fechamento da AIB, dando a ela o mesmo tratamento dispensado às demais organizações partidárias. No ano seguinte, militantes integralistas tentaram, por duas vezes, nos meses de março e maio, promover levantes para depor Vargas. Essas tentativas fracassaram e, em ambas, Plínio negou ter tido qualquer participação. Permaneceu livre ainda por um ano, apesar de muitos integralistas terem sofrido perseguições imediatas. Em maio de 1939, foi finalmente preso e, um mês depois, enviado para um exílio de seis anos em Portugal. Nesse período, procurou obstinadamente reabilitar-se diante do governo brasileiro, a quem elogiou em diversos manifestos, inclusive quando da declaração de guerra do Brasil à Alemanha e Itália. Voltou ao Brasil em 1945, com a redemocratização do país. Reformulou, então, a doutrina integralista e fundou o Partido de Representação Popular (PRP). Em 1955, lançou-se candidato à presidência da República, obtendo 714 mil votos (8% do total). Em seguida, apoiou a posse do presidente eleito Juscelino Kubitscheck, contestada pela UDN, e foi nomeado para a direção do Instituto Nacional de Imigração e Colonização. Em 1958, elegeu-se deputado federal pelo Paraná. Reelegeu-se em 1962, desta vez por São Paulo. Em 1964, foi um dos oradores da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo, contra o presidente João Goulart. Apoiou o golpe militar daquele ano e, com a extinção dos antigos partidos, ingressou na Aliança Renovadora Nacional (Arena), criada para auxiliar na sustentação ao novo regime. Por essa legenda obteve mais dois mandatos na Câmara Federal, em 1966 e 1970.