(1924-1979): nasceu em Smolensk, tendo iniciado o curso de filosofia na Faculdade de Filosofia do Instituto de Filosofia e Artes de Moscou em 1941 e, devido à II Guerra Mundial, concluído o curso em 1950 na Universidade Estadual de Moscou. Neste mesmo ano torna-se membro do Partido Comunista.
Em 1953 defende sua dissertação de mestrado, intitulada Alguns Problemas na Dialética Materialista da "Crítica da Economia Política" de Karl Marx. Neste mesmo ano passa a dar aulas na Universidade Estadual de Moscou, sendo expulso, em 1955, acusado de revisionismo da base da filosofia Marxista-Leninista, devido aos seus estudos que articulavam ciência e filosofia (entendida como reflexão do mundo real no pensamento).
Em 1960 foi publicado seu primeiro livro, A Dialética do Abstrato e do Concreto em “O Capital” de Karl Marx, tendo sido censurado pelas autoridades do Instituto de Filosofia, sofrendo várias alterações e sendo reduzido em mais de um terço. Nele estava contido um manuscrito escrito 4 anos antes, A Dialética do Abstrato e do Concreto no Pensamento Científico e Teórico.
Ilienkov volta a lecionar novamente em 1968, no Instituto de Filosofia da URSS, no setor Materialismo Dialético (onde trabalhará até sua morte). Neste mesmo ano seus livros passam a ter permissão de publicação e ele defende sua tese de doutorado, intitulada Quanto à Questão da Natureza do Pensamento (Na Análise de Materiais da Dialética Clássica Alemã).
Em 21 de março de 1979, Ilienkov põe fim à própria vida, sendo os motivos ainda incertos.
Ilienkov trabalhou principalmente, a partir de um ponto de vista materialista, sobre a teoria do conhecimento, a lógica e a dialética, enfatizando a unidade entre o subjetivo e o objetivo e a ligação orgânica entre a lógica e a história. Foi um crítico implacável do positivismo, além de discutir questões sobre psicologia e educação e escrever sobre a teoria da personalidade, o desenvolvimento do pensamento e da apropriação do conhecimento no ensino escolar, estando interessado particularmente na teoria da atividade em conexão com a escola histórico-cultural.
Ele deixou diversas obras, artigos e manuscritos, que têm sido publicados desde a sua morte por ex-alunos e seguidores de seu ponto de vista filosófico.