(1723-1789): Materialista francês, originário de uma família de barões húngaros. Estudou na França, que se tornou sua verdadeira pátria. Juntamente com Diderot, tomou parte ativa na redação da Enciclopédia, para a qual escreveu artigos e noticias relativas ao setor das ciências naturais. Seu salão era o ponto de reunião dos melhores cérebros da França de então. Aí é que se formulou a ideologia revolucionária do Terceiro Estado e se sintetizaram, no circulo estreito de alguns amigos, os princípios da filosofia que, mais tarde, seria conhecida como o materialismo francês do século XVIII. Em suas obras, o materialismo mecanicista encontrou sua expressão sistemática e acabada. Holbach investiu contra o dualismo, contra o desdobramento do mundo. O homem não passa do produto necessário da natureza. A natureza é a matéria em movimento. A matéria é que atua direta ou indiretamente sobre os nossos órgãos dos sentidos. Os sistemas espiritualistas e teológicos não são senão elucubrações cerebrais do homem, fruto de sua ignorância. e da mistificação consciente da maioria de seus beneficiários, sobretudo da Igreja.
Como um dos maiores ideólogos da burguesia revolucionária do século XVIII, Holbach reconhecia a existência da matéria como independente da consciência do homem, considerando-a eterna e incriada. Admitia a matéria como composta de átomos, sendo inerente à mesma um movimento interior, produzido em virtude de movimentos mecânicos e choques de partículas. Holbach reconhecia apenas o movimento mecânico, negando o movimento espontâneo. Considerava a alma ou consciência como uma manifestação da matéria organizada de maneira especial. Holbach era ateu. Considerava a religião como resultante da ignorância e do atraso do homem. Em suas obras, dedicadas à sociedade humana, Holbach defendia a ideia de que o homem é guiado pelo seu interesse; o interesse do homem é determinado pelo meio; o meio é subordinado às leis e o legislador é orientado pelas opiniões. Desse modo, Holbach chegava à conclusão idealista de que “as opiniões governam o mundo”. Reconhecendo a necessidade da destruição do regime feudal, Holbach sugeria a ideia da volta ao “regime natural” que, em ultima analise, era um regime capitalista. Os trabalhos principais de Holbach são: Sistema da Natureza (1770); Sistema Social (1 773); Politica Natural (1 773); O Cristianismo posto a nu. (1761); O sentido comum (1772).