(1924-????): Nasceu no dia 11 de julho de 1924, no bairro do Engenho Novo, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como pai Antonio da Silva Christino, de profissão barbeiro e como mãe Maria Rosa Pereira do lar, emigrantes portugueses. Iniciou suas atividades políticas quando ainda cursava o ginásio, com a criação de um grupo anti-integralista e a seguir lutando pela anistia aos presos políticos do Movimento Insurrecional de 1935. Em 1942 ajudou a estruturar com um grupo de jovens em Madureira (RJ) pela luta do envio dos Pracinhas brasileiros à Itália, a fim de combater o nazi-fascismo. Este grupo ficou responsável pela realização de comícios em Madureira, Meier e Bangu. Entrou para o PCB em 1944, numa organização de base em Madureira, a qual viria a se constituir no Comitê Distrital do bairro. Durante este período, foram criados times de futebol e desenvolveram-se trabalhos nas Escolas de Samba Lira do Amor e Portela. Fizeram um desfile das Escolas de Samba do bairro em homenagem a Luiz Carlos Prestes. Participou de alguns Congressos do PCB. No IV Congresso, realizado em 1954, foi eleito para o Comitê Estadual da Guanabara, ficando na Seção de Organização. No V Congresso, como delegado por Santa Catarina, foi eleito como suplente para o Comitê Central do PCB, tendo assumido depois de 1964 o cargo de efetivo e participado do Secretariado do CC. Em 1962 participou do XXI Congresso do PCUS, como delegado. Durante a realização do Congresso participou de reuniões com a direção dos Partidos Comunistas de Portugal (Alvaro Cunhal) e Cuba (Blas Roca). Ainda como militante partidário, por sugestão do Partido, foi trabalhar na fábrica de linhas de cozer do grupo Machine Cotton, para organizar uma Base partidária. Trabalhou na fábrica de tecidos Confiança em Vila Isabel, atuando na base do Partido já existente. Em 1950 por descontentamento dos operários com os baixos salários, a base partidária comandou uma greve a qual foi violentamente combatida, inclusive sendo morto o operário Altair de Paula Rosa. Foi denunciado e a polícia invadiu a fábrica com intuito de prendê-lo, só não conseguindo por porque foi avisado, conseguindo sair pela porta dos fundos da fábrica. A seguir foi trabalhar por decisão do Partido na fábrica de tecidos da Gamboa. Nesse período aconteceu a greve de 51 dias do setor Têxtil, que era na época o principal setor operário do Rio de Janeiro. Ela durou esse tempo por ter tido solidariedade material e moral diversos. Como era membro do Comitê de Greve ao final dela foi demitido. Em 1952 tornou-se profissional do Partido, sendo designado para assumir a função de Secretário do Comitê Distrital Norte, que abrangia os bairros de Vila Izabel, Tijuca, Andaraí e Grajau. Em 1957 foi designado para assumir a direção do Comitê Estadual de Santa Catarina, devido à crise instaurada entre as direções estadual e municipal de Florianópolis. Ajudou a realizar uma Conferência estadual que reorganizou a direção Estadual. Durante este mandato foram realizados três Congressos Estaduais Sindicais. Sob o comando do Partido foram feitas duas greves dos operários das minas de carvão, nas cidades de Criciúma e Içara. Criciúma foi o único Município Catarinense a não aceitar o golpe militar de 1964. O Partido, com a participação dos operários das minas de carvão, tomaram a prefeitura, a estação de rádio e outros órgãos públicos. Embora não tenha participado do VI Congresso em 1967, por questões de segurança, foi eleito para o Comitê Central onde permaneceu até 1974, quando foi preso. Era o responsável pela Comissão de Finanças do Comitê Central, participava do Secretariado e era o responsável para realizar as reuniões do CC e da Comissão Executiva, na clandestinidade. Foi indiciado em diversos processos realizados pelo governo comandado pelos ditadores de ocasião, após o golpe militar de 1964, sendo enquadrado na Lei de Segurança Nacional, resultando a perseguição até ser preso e torturado. Foi preso em 30 de maio de 1975 pelo DOI/CODI/I, no Rio de Janeiro e transferido em agosto para o DOI/CODI/II em São Paulo, sendo ai barbaramente torturado.