(1875-1955): Advogado, nascido na cidade de Viçosa, estado de Minas Gerais. Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal. Foi presidente de Minas Gerais (1918-1922). Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1922. Em 1927 é eleito Senador. Um dos articuladores da Revolução de 1930 em Minas Gerais, torna-se um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932 naquele estado, sendo preso e exilando-se em Lisboa. Anistiado em 1934, elege-se deputado estadual. Torna-se então deputado constituinte e depois federal (1935-1937). Decretado o Estado Novo (1937), tem sua liberdade de locomoção restrita ao Rio de Janeiro e a Viçosa, até ser confinado em sua fazenda nesta última cidade (1939). Torna-se membro da comissão diretora provisória da União Democrática Nacional (UDN) em 1945, mas no mesmo ano foi um dos fundadores do Partido Republicano (PR), do qual foi inclusive seu primeiro presidente. Foi um dos presidentes de honra do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e Economia Nacional (1948). Eleito deputado constituinte pelo PR mineiro em 1946, tornou-se depois deputado federal de 1946 a 1955, quando foi reeleito mas não chegou a participar dos trabalhos, devido ao seu falecimento, no Rio de Janeiro, em 23 de março de 1955.
O governo de Artur Bernardes sofreu forte instabilidade política gerada pelas revoltas tenentistas contra as oligarquias dominantes e pelo avanço do movimento operário, o que o levou a governar permanentemente em estado de sítio. Ainda enfrentou a Coluna Prestes, formada em 1925, sob o comando do tenente Luís Carlos Prestes, que percorreu o interior do país durante dois anos procurando sublevar as populações contra o seu governo e as oligarquias dominantes.