Os comunistas saúdam o CONCLAT

Giocondo Dias

Novembro de 1983


Primeira publicação: Jornal A Voz da Unidade, suplemento à edição 177, 3 a 9 de novembro de 1983.
Transcrição: Lucas Silva.
HTML: Lucas Schweppenstette.

Em nome dos comunistas brasileiros, levo aos delegados ao Congresso Nacional das Classes Trabalhadoras/CONCLAT a mais calorosa e solidária saudação. No momento em que se agrava a crise econômico-social e em que o governo teima em descarregar o seu ônus sobre os assalariados, a sociedade brasileira aguarda com expectativa a palavra dos trabalhadores. Daí a importância deste conclave, para o qual voltam os olhos todos os democratas: dele pode sair, articulada e consequente, a proposta que aponte o caminho para a superação da crise na perspectiva dos interesses populares e nacionais e da democracia. A hora é grave. Entendem os comunistas que, dada a atual correlação de forças, a solução negociada, à base das lutas organizadas das massas trabalhadoras e voltada para a transformação da vida econômica e política do Brasil, é a via para ultrapassar os impasses nacionais que mais atende aos anseios do povo. Fora da consolidação e da ampliação dos espaços democráticos – impossíveis sem a unidade e a mobilização operário-sindical – não haverá alternativas positivas para os trabalhadores. Os comunistas continuam convencidos de que a democracia é o terreno privilegiado para o desenvolvimento do combate proletário. Para os comunistas, não se construirá um país livre e soberano, uma sociedade e uma vida melhores, sem a presença determinante dos trabalhadores no cenário nacional. É por isto que vemos no CONCLAT – nos seus esforços unitários, no empenho de seus participantes, na legitimidade da sua representação – um acontecimento central do processo brasileiro. Desejar o seu pleno êxito, pois, é também um modo de homenagear os trabalhadores reunidos na Praia Grande.


Inclusão: 20/09/2023