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Em seu artigo Sobre a Ditadura da Democracia Popular, Mao afirma: “As salvas da Revolução de Outubro nos trouxeram o marxismo-leninismo. A Revolução de Outubro ajudou os elementos progressistas do mundo e da China a aplicar a doutrina proletária para determinar os destinos do país e fazer a revisão de seus próprios problemas. Seguir o caminho dos russos; esta foi a conclusão”.(1)
Como é amplamente conhecido, Mao Tsé-tung é o expoente mais representativo das forças na China. Sua maior contribuição à Revolução Chinesa é a de ter integrado a verdade universal do marxismo-leninismo com a prática revolucionária concreta e a de ter resolvido de uma maneira correta e brilhante os numerosos problemas que surgiram no transcurso da revolução. Desenvolveu criativamente a ciência do marxismo-leninismo, aplicando-a às condições chinesas e as do Oriente, e levou desta maneira o povo chinês à vitória.
Mao Tsé-tung ensina: “a teoria de Marx, Engels, Lenin e Stalin é uma teoria universalmente aplicável”.(2) Contudo, para aplicar corretamente esta teoria à China e transformá-la em uma força invencível das massas, é essencial liquidar
constantemente todas as tendências ideológicas estranhas à causa do proletariado e travar batalhas ideológicas, algumas vezes de forma feroz. Durante 30 anos, Mao lutou inflexivelmente contra várias tendências reacionárias alheias ao Partido e contra as diferentes formas de oportunismo no seio do Partido. Estão incluídas as lutas contra os nacionalistas(3), contra a ala de direita e aos conciliadores dentro do Kuomintang; contra o Chen Tu-hsiu-ismo(4), o trotskismo e as diversas ilusões reformistas sobre o governo contrarrevolucionário do Kuomintang amparadas pelos setores direitistas da burguesa e da pequena burguesia; contra o aventureirismo de “esquerda” que predominou no Partido em várias ocasiões, e contra a repetição dos erros de Chen Tu-hsiu. No desenvolvimento destas lutas, Mao Tsé-tung comprovou ser um grande mestre na difusão e na aplicação da teoria revolucionária de Marx, Engels, Lenin e Stalin. As lutas conduzidas por ele, fortaleceram e consolidaram o Partido Comunista da China.
A unidade da teoria e prática é uma característica exclusiva do marxismo-leninismo. Na China revolucionária, seguindo os passos dos grandes mestres: Marx, Engels, Lenin e Stalin, Mao Tsé-tung dedicou a maior atenção ao grande poder criador das massas revolucionárias. Nunca divorciou seu rico e fecundo estudo do marxismo-leninismo do movimento revolucionário das massas. Sob todas as circunstâncias e em todas as épocas, conjugou a teoria marxista-leninista com a prática da Revolução Chinesa e “utilizou o ponto de vista fundamental do marxismo, o método de análise de classe”, para estudar, analisar e sintetizar as experiências revolucionárias na China. Ao trabalhar desta maneira, comprovou de forma cabal a exatidão do marxismo-leninismo e demonstrou assim, sua grandeza, sua dinâmica, sua força revolucionária.
Baseando-se na força criadora das massas revolucionárias da China e nos diversos aspectos das complexas experiências da Revolução Chinesa, Mao Tsé-tung desenvolveu o marxismo-leninismo e expôs ante as massas todo tipo de desvio dirigido a falsificar e corromper o marxismo-leninismo.
Em seu famoso artigo, Sobre o Significado do Materialismo Militante, publicado em 1922, Lenin disse: (...) “a dialética que Marx aplicou com tão bom resultado e que, na atualidade, com o despertar à vida e à luta de novas classes no Oriente (Japão, índia e China) - ou seja, das centenas de milhões de seres humanos que constituem a maioria da população mundial e cuja passividade e letargia histórica haviam sido, até agora, a causa responsável pelo estancamento e a putrefação de estados europeus avançados, a cada dia, com o surgimento de novos povos e novas classes, confirmam cada vez mais o marxismo”.(5)
Sem dúvidas, o levantamento do povo chinês à luta sob a direção da classe operária e a recente vitória conquistada, são uma confirmação, em larga escala, de mais uma vitória do marxismo-leninismo no Oriente. Isto constitui uma confirmação do fato de que os ensinamentos de Marx, Engels, Lenin e Stalin, compõe uma ciência poderosa, aplicável em toda parte, e uma ratificação de que Mao Tsé-tung - líder máximo do Partido Comunista da China - aplicou ciência do materialismo histórico às condições particulares de seu país e a desenvolveu com brilhante êxito.
Notas de rodapé:
(1) Mao Tsé-tung, “Obras Escolhidas”, edição inglesa, Edições em línguas estrangeiras, Pequim, 1961, vol. IV, página 413. (retornar ao texto)
(2) Mao Tsé-tung, “Obras Escolhidas”, Lawrence y Wishart, Londres, 1954, vol. II. página 259. (retornar ao texto)
(3) Um grupo de políticos inescrupulosos inclinados ao fascismo que formaram a Liga da Juventude Nacionalista China, mais tarde chamada de Partido da Juventude Chinesa. Subsidiados pelos imperialistas e pelas camarilhas reacionárias no poder, estes contrarrevolucionários fizeram uma campanha de oposição ao Partido Comunista e à URSS. (retornar ao texto)
(4) No último período da Guerra Civil Revolucionária (1924-1927) o desvio de direita no Partido Comunista da China, representado por Chen Tu-hsiu, se desenvolveu dentro de uma linha de capitulação. Em cooperação com o Kuomintang, os capitulacionistas abandonaram a direção do Partido entre os camponeses, a pequena burguesia urbana, a média burguesia e, especialmente, nas forças armadas, causando assim o fracasso da revolução. Em uma conferência de emergência do Comitê Central, em agosto de 1927, Chen Tu-hsiu foi removido da posição de Secretário Geral. Mais tarde, por assumir uma posição contrarrevolucionária e colaborar com trotskistas, foi finalmente expulso. (retornar ao texto)
(5) V. I. Lenin, “Marx, Engels, Marxismo”, edição inglesa, Edições em Línguas Estrangeiras, Moscou, 1951, páginas 559-560. (retornar ao texto)
Inclusão | 26/07/2019 |