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O ensaio que apresentamos ao leitor é, revisto e desenvolvido, um artigo que publicamos em um jornal estrangeiro - The Communist. Há dois anos, o manuscrito foi enviado à Rússia, onde, após sofrer uma incursão da censura militar, caiu, por engano, em outra "editora". Ali descoberto, depois da revolução de fevereiro, deveria ter sido publicado em princípios de julho, mas policiais e aprendizes de polícia saquearam a tipografia de nosso partido e tiveram o cuidado de escamotear seu manuscrito. Só muito mais tarde foi-nos possível recuperá-lo, sem que encontrássemos, porém, um longo e valioso prefácio do camarada Lênin, a quem manifesto aqui minha profunda gratidão.
Como há mais de dois anos que esta obra foi escrita, é natural que suas estatísticas (sobretudo no capitulo consagrado à influência da guerra) estejam desatualizadas. Lamentando não ter podido rever meu manuscrito, para dotá-lo de dados mais recentes, limitei-me a reconstituir as páginas que faltavam e a escrever o último capítulo — o qual, em virtude da censura, não poderia ser publicado antes.
Quando este livro foi escrito, o socialismo, calcado aos pés pelo Capital e pelos traidores "socialistas", vivia horas de grande angústia. Logo depois de enviá-lo a seu destino, o autor teve tempo para meditar sobre as perspectivas revolucionárias nos cárceres do rei da Suécia.
Escrevemos estas linhas no momento em que, na Rússia, o socialismo revolucionário obtém retumbante vitória. O mais ardente voto do autor é o de que sua obra converta-se, ràpidamente, de instrumento de luta contra o imperialismo, em documento histórico, relegado à poeira dos arquivos.
25 de Novembro de 1917.
N. Bukharin
Inclusão | 18/09/2015 |