Saúde e longa vida te desejam os trabalhadores do Brasil, saúde e longa vida a Josef Vissarionovich Stálin, chefe dos povos soviéticos.
Escrevem-me operários brasileiros e diziam em sua carta: “Saúda a Stálin em nosso nome, diz-lhe do nosso amor com as mais belas palavras, conta-lhe que aqui também lutamos pela paz”.
Em seu nome eu te saúdo nesse dia alegre de dezembro, quando mais alto se levantam as esperanças do homem.
Em nome do indígena perdido no fundo da selva amazônica, escravo nas florestas onde crescem os seringais e escorre o leite espesso da borracha. Teu nome chegou aos seus longínquos ouvidos, como um brilho de estrela na negrura da noite. Em meio à sua miséria e solidão, sem lar e sem comida, um dia ele ouviu dizer que, em terras distantes, outros homens, sevos antes como ele, se haviam libertado sob o teu comando. As águas do rio imenso lhe trouxeram rumores da história do povo soviético e os nomes de Lênin e de Stálin. Rompendo todas as fronteiras, as da geografia e as do terror policial, até o fundo mais impenetrável da selva, no começo do mundo da Amazônia, brilha o teu nome como um sol, iluminando as vidas solitárias dos caboclos curvados sob os seringais. Seus olhares se voltam no rumo do leste para o país feliz que construíste, para a pátria livre que criaste, como o olhar da criança busca na face dos pais, o ânimo para os primeiros gestos na conquista da vida.
Eu te saúdo em nome dos mulatos, negros e mendigos do ardente nordeste brasileiro, operários e camponeses que tem fome na terra mais farta, que não tem o que comer onde sobra comida. Sobre bases brasileiras do Nordeste se querem bouçar bandeiras estrangeiras de agressão e morte, bandeiras ianques levantadas contra teu país e toda a humanidade. Mas os negros, mulatos, brancos e mestiços nordestinos pedem que te diga:
“Arrancaremos essas bandeiras estrangeiras, expulsaremos esses soldados agressores. Daqui não partirão para atacar teu heroico povo de trabalhadores. E outra vez, tremulará sobre o doce verdegadas, sobre as velas valentes, a bandeira de paz e de fraternidade, a bandeira da aliança com a União das Repúblicas Soviéticas”.
Eu te saúdo em nome dos mineiros do Brasil, que deixam os veios subterrâneos das suas minas para afirmar nas graves repetidas:
“Não arrancaremos da terra seus minérios para entregá-los aos mesquinhos assassinos que preparam a guerra. Jamais entregaremos ao imperialismo nossas riquezas para a guerra contra a URSS”.
Eu te saúdo em nome do proletariado industrial do Sul, dos operários que escrevem toda manhã, nesse dezembro em festa, teu nome glorioso nos muros das cidades. “Não daremos, dizem eles, nossos jovens para a guerra. Se tivermos que lutar, levantaremos nossas armas contra os que nos escravizam”. Por isso escrevem nas paredes das avenidas sobre os muros o teu nome bem-amado. Na manhã tropical os transeuntes leem numa aprovação: “ABAIXO O IMPERIALISMO IANQUE! VIVA STÁLIN!”. No caminho do trabalho, murmuram os operários: “Viva Stálin”. Os servos de Wall Street, os homens do governo vendido da polícia pagam com dólares para assassinar democratas, tangem os dentes e as turmas de carrascos tentam apagar teu nome das paredes. Mas a cada manhã ele renasce de mãos desconhecidas e leais, se estende sobre as cidades e os campos que te saúdam em teu aniversário. Porque teu nome está gravado em cada coração de brasileiro patriota sobre os cafezais, a pampa e os sertões, em toda a extensão do imenso território. Para nós, teu nome traduzido significa paz, calor e pão, saúde e alegria, progresso e liberdade.
Eu te saúdo em nome desses homens. São ásperos trabalhadores de mãos rudes, mas terno é o coração de lutadores. Eu te saúdo em nome dos mortos, dos feridos e dos prisioneiros, de todos os que a polícia tortura porque lutam pela paz, pela independência da pátria e pelo socialismo.
Eu te saúdo em nome do chefe de todos os trabalhadores brasileiros, do chefe de todos os brasileiros patriotas, em nome de Luiz Carlos Prestes, a quem o povo chama de “Cavaleiro da Esperança”. Do coração ignoto do Brasil, ilegal e perseguido, ele te diz em nome do meu povo:
“Lênin e Stálin nos ensinaram a melhor amar a nossa pátria e sempre defendê-la. Jamais os brasileiros lutarão contra a harmoniosa família dos povos soviéticos”.
Em nome do povo brasileiro eu te saúdo, Josef Vissarionovich Stálin, chefe dos povos soviéticos, mestre de todos os povos na vastidão do mundo.
Nosso presente para ti são as greves, as lutas camponesas, os comícios pela paz, o sangue derramado contra o imperialismo ianque, o heroísmo nas prisões, o constante seguro crescer do movimento de massas anti-imperialista, a nossa difícil e vitoriosa luta pela paz. Eis o que temos para te dar, a ti que tanto nos deste ao dar-nos a Revolução de Outubro, a construção do socialismo, a vitória sobre o nazismo, a marcha para o comunismo, tu precipitaste o andar do tempo e fizeste do amanhã o nosso hoje. A ti que renovaste o mundo, a ti que o transformaste, nós te damos a certeza de nossa luta e de nossa confiança na vitória.
Em ti saudamos a memória de Lênin e a velha guarda bolchevique; em ti saudamos a juventude esplêndida do Konsomol, a jovem guarda que constrói o comunismo; em ti saudamos a fraternidade dos povos soviéticos que criam a felicidade do homem sobre a terra; em ti saudamos o esplendor da cultura em liberdade, da cultura como um bem de todos; em ti saudamos o mundo sem fome, sem tristezas, sem rancores, o mundo de amor com que sonhamos; em ti saudamos a solidariedade internacional de todos os trabalhadores, a grande frente mundial e invencível da paz e do socialismo, em ti, Stálin, que simboliza a grandeza da classe operária e o tempo do comunismo vitorioso.