Escute, companheiro: você já pensou o que significa para os comunistas, para os filhos da classe operária e para os democratas do Brasil e de todo o mundo os setenta anos de vida do camarada Stálin? Que o dia 21 de dezembro não é só uma data da classe operária e dos povos em geral, mas de cada pessoa — comunista, patriota e democrata — onde quer que se encontre? Você já pensou que essa data, o Dia de Stálin, deve ser para os comunistas um dia nosso, que nos pertence? Você precisa saber que todas as partes chegam notícias de que homens e mulheres, jovens e velhos, se preparam para festejar o dia 21 de dezembro, através das mais variadas manifestações de gratidão e carinho a Stálin. Enviaram-lhe uma lâmpada de segurança contraexplosão nas minas, na qual gravaram o juramento de “jamais permitir que se ataque os povos da União Soviética”. Um ancião francês também lhe escreve uma carta afirmando: “esta carta é o único presente que te posso dar, pois nada possuo após toda uma vida de trabalho”. Os ciganos búlgaros realizam os últimos ensaios para os dois grandes concertos de música cigana que darão em Sofia, no dia 21 de dezembro. Os comunistas da Baviera presentearam o camarada Stálin com uma torradeira e uma caneta-tinteiro de ouro e de Praga lhe serão remetidos um automóvel de cor de pérola, um aeroplano, uma motocicleta, um rádio e outros presentes dos trabalhadores tchecoslovacos. A mãe de uma menina de dez anos, francesa, morta em Auschwitz, enviou a Stálin uma touquinha de boneca fabricada pela criança no campo de concentração, ao passo que os membros de uma família de Toulouse aderiram ao Partido Comunista em lembrança do filho assassinado pelos nazistas, considerando essa adesão como presente de aniversário a Stálin. E, também, da própria União Soviética, como de todos os recantos do globo ao grande líder do proletariado mundial toda espécie de presentes e felicitações. Cada homem, cada mulher, velho ou jovem, vem assim procurando transmitir a Stálin a gratidão por tudo que ele simboliza, por tudo que ele tem realizado e nos aconselha a realizar para que todos sejamos livres e felizes.
E qual a sua iniciativa, companheiro? Que já pensou você fazer, que ideias pensa levar à prática. Se você é operário, dona de casa, camponês, estudante, ex-combatente, que já pensou para se fazer também presente nesta data que é nossa grande festa? Se você é poeta, pintor, escultor, jornalista ou escritor, que já imaginou para presentear a Stálin? Você não gostaria de escrever a Stálin para lhe falar de seus desejos, suas lutas, de suas esperanças e de sua certeza na vitória? Se você tem filho, noivo e irmão, já pensou em enviar a Stálin a fotografia desses entes queridos que você não quer lhe dar para ser mercenário numa guerra monstruosa contra a União Soviética? E que presente tipicamente brasileiros você já comprou para enviar ao nosso Stálin? Você sabe que Portinari, Graciano e Seliar estão pintando quadros para enviar a Stálin no dia 21? Que Adyano do Couto Ferraz, Oswaldino Marques, Correia Guerra, Aluísio Medeiros e Ary de Andrade já compuseram poemas glorificando Stálin? Que Dalcídio Jurandir, um dos nossos melhores romancistas, fez um folheto em linguagem simples para explicar a vida de Stálin aos camponeses brasileiros? Uma ou muitas iniciativas que você tiver para esta festa não significa uma simples tarefa: é um dever de honra. Procure pensa nisto que Henri Barbusse dizia sobre Stálin:
“Ele é o pai e o irmão maior que é solicito, cuida de todos. Vós não o conheceis, mas ele vos conhece, pensa sempre em vós. Quem quer que sejais, necessitas deste amigo. E quem quer que sejais, o melhor de vosso destino se acha nas mãos deste homem que também veia e trabalha por todos”.
Um homem de têmpera especial
O camarada Stálin pertence a um tipo de homens de têmpera especial. Ele é desses que veem as dificuldades sobriamente para vencê-las. Muitas vezes em sua vida o camarada Stálin falou assim com os céticos e aos amigos das lamentações:
“Não já vistes os pescadores em um grande rio como o Yenisey, antes da tormenta? Eu os vi mais de uma vez. Ao desencadear-se o temporal, um grupo de pescadores mobiliza todas as suas forças, anima seus homens e leva valentemente o barco ao encontro da tormenta: ‘Firme, rapaziada, segurai o leme, cortai as ondas e venceremos’. Mas existe outra espécie de pescadores que, ao pressentir o mau tempo, se desanimam, choramingam e desmoralizam suas próprias fileiras: ‘Que desgraça, uma tormenta! Lançai-vos ao fundo do barco, rapazes, fechai os olhos, que talvez acabemos de algum modo dando à margem’”.
O camarada Stálin esteve e está sempre à frente dos que não tem medo da tempestade, dos que estão sempre firmes no leme da revolução, dos que sulcam valentemente as águas e marcham seguros para o comunismo. E por isto está em torno do grande Stálin tudo que é atividade revolucionária, tudo que é desejo e luta pela revolução. E por isto Stálin é o guia chefe do proletariado revolucionário, o grande líder dos povos que amam e lutam pela liberdade e pela paz. E é também por isto que de todos os países lhe chegam numa consagração como jamais alguém recebeu igual toda espécie de manifestações em homenagem ao seu aniversário. Na Hungria foi constituído um comitê governamental, tento à frente o camarada Mátyás Rákosi, para dirigir os preparativos da celebração do 70º aniversário de Stálin. Com o mesmo motivo e para o mesmo fim, iniciou-se na Bélgica uma campanha popular que durará várias semanas. Na Bulgária, foi dado o nome de Stálin à usina química do Estado que está sendo construída em Dimitrovgrado. Assim por toda parte, essa data tem sido o ponto de referência para a realização da emulação socialista para cumprimento antecipado de planos econômicos e para numerosas outras iniciativas. Ou, senão, para a realização de festas, representações e comícios, ou também para a venda de livros de Stálin, para a organização de círculos de estudos sobre a sua vida a sua obra.
E no Brasil? Você já pensou, companheiro, no que devemos fazer? Quais as iniciativas que podem ser tomadas? Todos os nossos companheiros e amigos já tem as obras de Stálin que foram publicadas em português? Não é verdade que muita gente deseja conhecer a vida de Stálin e que somos nós que devemos explicá-las? Por que não tratamos desde agora comprar, ler, divulgar e estimular a leitura da biografia de Stálin e seu grande livro — História do Partido Comunista (Bolchevique) da URSS? E sobre pequenos comícios? E festas? E volantes? Que fazer então para render uma homenagem digna do grande Stálin? Você, companheiro, deve tomar essa data como um marco na sua vida revolucionária, assumindo o compromisso de honra de trabalhar de agora em diante mais e melhor. Você deve tomar o máximo de iniciativas para o dia 21. Veja que muitos trabalhadores, muitos homens e mulheres do povo desejam reforçar as fileiras dos combatentes pela independência e pelo socialismo, mas ainda não encontraram a melhor maneira, as melhores e mais eficientes formas de luta. Você deve, então, nesta data querida de todos, ir falar ao coração de todos os operários e homens honrados, mostrando-lhes o nosso caminho.
Exemplo de militante revolucionário
O dia 21 de dezembro é uma festa dos comunistas, da classe operária de cada país, de todos os povos amantes da paz e da liberdade. Sim, porque nesta data o camarada Stálin completa 70 anos de vida, dos quais mais de 50 foram de luta inflexível pela causa da classe operária e da humanidade progressista. Tinha Stálin 15 anos, quando entrou no movimento revolucionário. Entregou-se sem reservas à causa da revolução. Toda a sua vida, desde então, foi dedicada ao movimento revolucionário — e nada mais que isto. Ao deixar o seminário, Stálin trata de organizar células ilegais e imprensa clandestina. Você, companheiro, deve ver isto: para Stálin não há trabalho pequeno, nem trabalho fácil ou difícil, nem desfalecimentos, nem falta de dedicação ao movimento revolucionário. Escreve volantes e manifestos, que ele mesmo imprime e distribui, organiza e dirige greves, fala aos operários e passa sua vida de militante ilegal nas prisões e nos desterros, transladando-se de uma parte para outra, pela vontade do Partido, comanda a insurreição armada de Outubro, dirige o Partido. Depois da morte de Lênin, o camarada Stálin tem duras lutas contra os inimigos do Partido e do marxismo-leninismo, consegue forjar ainda mais o poderoso Partido Bolchevique e faz avançar de muito as ideias do socialismo científico. Intransigente com os inimigos do socialismo desmascarando os oportunistas e aventureiros que penetram no movimento operário, fustigando os charlatães e parlapatões, os alarmistas e choramingas, Stálin nos aconselha sempre a conservar, como a menina dos nossos olhos, a pureza nas fileiras revolucionárias, a valorizar os quadros firmes e combativos. Assim, companheiros, nos anos da clandestinidade, na luta pela vitória da revolução na Rússia czarista, no período da Guerra Civil, na luta contra os inimigos do Partido, na luta pela construção do socialismo, se tornaram evidentes para todos a vontade de ferro e a energia revolucionária do camarada Stálin. Assim, também, nos anos da última guerra e depois da vitória até os dias atuais, ele se projetou em todo o mundo como o comandante invicto e campeão de uma paz democrática para os povos, como o guia e chefe do campo democrático e do movimento comunista mundial.
Você já pensou no que devemos fazer para sermos dignos desse nosso grande guia, que dirige massas imensas para a vitória do socialismo? Que fazer para sermos dignos discípulos do grande Stálin? Como conseguir de dia para dia sermos melhores combatentes da causa revolucionária que ele dirige? Podemos permitir, companheiros, que os provocadores de guerra, por exemplo, nos devem à terrível humilhação de utilizarem nossa pátria como base de operações contra a pátria de Stálin, que é também nossa pátria, a pátria de todos os trabalhadores? Não é verdade que o grande presente que será dado a Stálin no dia 21, maior entre todos, será o do povo chinês, até há pouco oprimido como ainda é o nosso povo, transmitindo-lhe a grande nova de que a China foi definitivamente libertada? Veja que o nome do nosso grande Stálin, como dizia Molotov,
“acende esperanças luminosas em todos os rincões do mundo e ressoa como grito de combate pela paz e a felicidade dos povos, para lutar pela completa libertação das cadeias do capitalismo”.
Se é assim que você pensou a melhor maneira de homenagear Stálin? Que devemos fazer? Sem dúvida não será cruzarmos os braços, nem nos amedrontarmos diante dos opressores ou da polícia. Nem com lamentações, nem satisfeitos com o que temos realizado. Será redobrando nossos esforços, aumentando nossas lutas, desfechando maiores e mais sérios golpes no inimigo. O camarada Stálin, como grande lutador que é também espera que aumentemos nossa luta pela paz, pela democracia e pelo socialismo. Para ele deve ser uma grande satisfação saber que nós brasileiros em homenagem ao seu 70º aniversário juramos lutar cada vez mais e melhor pela revolução. Ele é nosso guia, chefe e comandante. E para você, camarada, para todos os comunistas do Brasil e do mundo, para a classe operária, não existe maior felicidade e maior orgulho do que termos a honra de hoje lutar sob a sábia direção de Stálin, que comanda o grande exército proletário para a vitória mais rápida da causa do comunismo.