As mulheres saúdam Stalin

Zuleika Alambert

31 de dezembro de 1949


Fonte: Voz Operária. ANO 1 - Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 1949. n. 32. P. 13. Disponível em: http://memoria.bn.br/pdf/154512/per154512_1949_00032.pdf

Transcrição: Vinícius Braga Mendonça

HTML: Fernando Araújo.

Direitos de Reprodução: licenciado sob uma Licença Creative Commons.


No dia 21, o mundo inteiro se engalanará de risos, de festas, de cantos e de flores. O sol terá mais brilho.

Em cada coração haverá um hino de alegria, de esperança, de paz e de amor.

Será o dia da festa mundial dos povos. Festa dos trabalhadores do campo e da cidade, das mulheres, dos jovens, da intelectualidade e das forças progressistas de todos os países, comemorando a passagem do 70° aniversário do campeão da paz, o grande Stalin.

Será um dia diferente para todos nós. Onde quer que estejamos, seja de que forma for, faremos questão de expressar a nossa gratidão, o nosso carinho, a nossa confiança a quem dedicou todos os anos de sua vida á construção de um mundo novo, onde a Paz, o Pão e a Liberdade são atributos intregantes da existência humana.

Conscientes do papel que desde a Revolução de Outubro vem desempenhando a URSS, com o camarada Stalin á frente, na luta pela paz e pela emancipação dos povos, nós mulheres do mundo inteiro nos associamos entusiasticamente a tão festivas comemorações. Principalmente as que, nos países capitalistas, coloniais e semi-coloniais, oprimidas secularmente, olham com fé e esperança as mulheres soviéticas que, completamente integradas na vida política, economica e social de seu pais, contróem, estudam, trabalham ombro a ombro com os homens para a felicidade de seus lares e a grandeza da patria socialista.

Libertou-as a Revolução de Outubro. E esta teve a sua frente Lenin e Stalin.

Incansavel na consolidação da patria dos trabalhadores, mestre, guia e orientador dos planos quinquenais, Stalin desenvolvendo a obra de seus mestres Marx, Engels e Lenin, deu ao homem e á mulher soviéticos, a mesma oportunidade de instrução de aprendizagem, as mesmas situações nos laboratorios, nas universidades, nos kolkoses e nos lares. E ainda mais: compreendendo que a mulher está destinada uma missão verdadeiramente sublime, isto é, a maternidade, cercou-a de garantias de tal natureza a lhe assegurar, ante a vida, possibilidades iguais á dos seus companheiros.

As mulheres soviéticas amparadas pela Constituição Staliniana, pelas organizações (-incompreensível-) socialista, podem ao mesmo tempo desempenhar o seu papel de mãe e seus deveres de cidadã.

Pode assim a mulher soviética trabalhar despreocupada em qualquer ramo da atividade humana, deixando os filhos tranquilamente aos cuidados das creches durante as horas de ocupação. E por não constituirem os filhos impecilho algum no cumprimento de suas tarefas ao interesse da coletividade, é a maternidade encorajada moral e materialmente pelo Estado. Atinge a 20.746 o n° de mães de familias numerosas que ostentam o titulo de "Mãe Heroina", a 522.733 o de mulheres condecoradas com a "Ordem da Gloria Maternal" e a 1.424.843 o das que receberam a "Medalha da Maternidade".

Tudo isso expressam com orgulho as mães soviéticas em carta aberta á revista "Mulheres Soviéticas", em Julho de 47, quando dizem:

"A mãe soviética é um membro da sociedade de posse de todos os direitos, possuindo um vasto horizonte e não se restringindo unicamente a seus deveres de mão de familia, de boa dona de casa. É justamente uma tal mãe que pode dar a verdadeira educação a seus filhos. É ela quem pode guiá-los na vasta estrada do progresso, fazê-los militantes pelos melhores ideais da humanidade".

Ao sentir o violento contraste de nossas situações, nós que ainda estamos algemadas, oprimidas pelo regime arcaico e cheio de preconceitos da sociedade capitalista, não podemos de deixar de olhar Stalin com carinho e esperança. Foi Stalin, ao lado de seu mestre Lenin (-incompreensível-) a libertação de seu povo, da mulher soviética e hoje, comandando a luta pela paz, comanda a luta pela libertação de toda a humanidade.

E o melhor presente que nós mulheres dos países oprimidos podemos dar ao querido chefe do proletariado mundial é fortalecer e ampliar dentro de nossos países, a luta contra o imperialismo e contra seus lacaios, luta para derrubar os provocadores de guerra, contra todos aqueles que indiferentes ao anseio de Paz dos povos, querem atrelar-nos aos seus planos de agressão e destruição da pátria do socialismo, onde os jovens podem sorrir, os velhos descansar e as mulheres criar seus filhos, graças á obra construtiva e a sábia orientação de Stalin.

Intensificar a luta contra o imperialismo ianque e seus lacaios em nosso país, é hoje lutar pela Paz e Contra a Lei de Segurança, instrumento de guerra com que um governo (-incompreensível-) pretende abafar a voz das mulheres brasileiras que clamam contra a guerra. É lutar como lutou Zelia Magalhães, heroina brasileira que tombou na luta, animada da mesma chama ardente que aqueceu o coração de Zoia, heroina soviética. É organizar-se e unir-se para a luta em prol de nossa libertação e para cumprir o sagrado juramento que jamais permitiremos nossos pais ou irmãos, nossos filhos ou noivos sejam sacrificados numa guerra infame contra a gloriosa patria de Stalin. Será esta a maior homenagem que podemos prestar ao campeão mundial da paz e do socialismo.


Inclusão: 13/12/2022